19 abril 2025
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Governo Lula Contesta Remoção de Moradores no Centro de SP

Integrantes do governo federal estão monitorando de perto o processo de remoção de famílias da Favela do Moinho, localizada na região central da cidade de São Paulo. Recentemente, a ministra da Gestão, Esther Dweck, manteve uma conversa com o secretário de Governo do Estado, Gilberto Kassab, na qual discutiu detalhes sobre a retirada e solicitou informações a respeito das políticas habitacionais da administração de Tarcísio de Freitas.

A ministra também enfatizou a necessidade de um diálogo mais efetivo entre as autoridades locais e os representantes da comunidade. A maior parte da área da favela pertence à União, e a transferência do terreno ainda está em fase de negociação. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU), através da Superintendência de São Paulo, informou que a doação do terreno será condicionada à garantia do direito à moradia para as quase 1.000 famílias que habitam a região. Além disso, foi ressaltado que o processo ainda depende de ajustes e adequações por parte da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), relacionadas ao plano de reassentamento elaborado em abril.

Nos últimos dias, a administração de Tarcísio de Freitas acelerou o processo de remoção das famílias, com a intenção de transformar a área em um parque urbano. O planejamento também inclui a construção de estações de trem e a realocação da sede administrativa do governo para a região. O Ministério Público classificou a área como um “bunker” de abastecimento da Cracolândia.

No âmbito do Congresso Nacional, o deputado Carlos Zarattini relatou ter recebido denúncias de que moradores estariam sendo cooptados sob pressão das forças de segurança para deixar o local. Após os protestos ocorridos recentemente, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo emitiu um comunicado, afirmando que foi proposta a realocação das famílias visando proporcionar dignidade e segurança, uma vez que a comunidade enfrenta riscos em condições precárias. De acordo com a nota, mais de 87% da comunidade concordaram voluntariamente com o reassentamento, embora cerca de 50 pessoas tenham realizado um protesto, bloqueando a entrada na comunidade. As equipes policiais acompanharam a situação de forma a evitar conflitos.

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