23 fevereiro 2025
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Governo Lula Se Submete Novamente a Davi em Momento de Fraqueza

Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, a relação política com o Senado tem sido considerada menos instável em comparação com a Câmara dos Deputados. Com uma reforma ministerial prevista, o governo busca aprimorar a articulação com ambas as Casas Legislativas, buscando aumentar a influência e o poder dos parlamentares na administração pública. Enquanto essa reestruturação não se concretiza, o presidente tem se esforçado para manter um bom relacionamento com o senador Davi Alcolumbre, que assume a liderança do Senado.

Até o momento, a colaboração entre a administração e o Senado tem proporcionado benefícios para ambos os lados. Em uma declaração recente, um dia após a Procuradoria-Geral da República apresentar uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro relacionada a uma tentativa de golpe de Estado, Alcolumbre afirmou que um projeto que anistia condenados por atos golpistas não será pautado, argumentando que o tema divide a sociedade e não é do interesse nacional. Ele enfatizou que “não é um assunto que estamos debatendo” e que ”não é um assunto dos brasileiros”.

Na mesma data, sob a liderança de Alcolumbre, o Senado reverteu uma decisão anterior do governo, aprovando um projeto que permite o pagamento de emendas parlamentares de orçamentos anteriores, criando um montante estimado em pelo menos 2,6 bilhões de reais. Essa foi a primeira conquista significativa do senador desde sua volta ao comando da Casa, onde ele tem exercido controle sobre uma parte substancial das emendas, situação que se repetiu durante o governo Bolsonaro e que, aparentemente, se manterá com Lula.

Lula e Alcolumbre, que formam uma aliança estratégica, manifestam apoio à exploração de petróleo na Foz do Amazonas, que pode impulsionar o desenvolvimento econômico do país, especialmente em estados como o Amapá, berço eleitoral do senador. Durante a primeira metade de seu mandato, Lula evitou discutir o tema publicamente, mas, com a nova liderança no Congresso, ele passou a participar ativamente do debate, em resposta a um apelo de Alcolumbre.

Na primeira audiência que teve com Lula após sua ascensão ao cargo no Senado, Alcolumbre expressou preocupações sobre a lentidão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na emissão de licenças ambientais necessárias para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

Após essa conversa, Lula destacou em uma entrevista que a exploração de petróleo na “margem equatorial” poderia ser realizada de forma sustentável. Em uma visita a Macapá, acompanhando Alcolumbre, ele criticou a morosidade do Ibama ao autorizar pesquisas sobre potencial exploração de petróleo na região, reforçando que, em momentos de fragilidade governamental, há uma maior necessidade de fortalecer alianças políticas.

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