O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, anunciou, na última sexta-feira (4), a demissão do diretor e do vice-diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA), que é responsável pela inteligência cibernética no país. A informação foi confirmada por integrantes dos comitês de inteligência do Senado e da Câmara, além de dois ex-funcionários que estão a par do assunto. O general Timothy Haugh, que também comanda o Comando Cibernético dos EUA, órgão responsável por operações cibernéticas defensivas e ofensivas das Forças Armadas, é o principal atingido por essas mudanças, trazendo incertezas para a comunidade de inteligência, que já estava enfrentando uma reestruturação nos primeiros meses do governo Trump. A vice-diretora Wendy Noble também foi dispensada.
Os senadores e deputados democratas, como Mark Warner e Jim Himes, mostraram-se críticos em relação à demissão de Haugh, que ocupava seu cargo desde fevereiro de 2024. A motivação para as demissões de Haugh e Noble ainda não foi esclarecida. Os desligamentos ocorreram após cortes que afetaram membros da equipe do Conselho de Segurança Nacional. Durante uma reunião na quarta-feira (2), a ativista de direita Laura Loomer alegou que alguns funcionários eram desleais, instando Trump a demiti-los. Entretanto, ainda não se sabe se existe alguma ligação entre esses eventos.
A NSA e o Comando Cibernético optaram por não se pronunciar sobre as demissões, encaminhando a mídia ao Gabinete do Secretário de Defesa, que ainda não havia fornecido comentários sobre o caso. No mês anterior, Haugh se encontrou com o bilionário Elon Musk, que está à frente do Departamento de Eficiência Governamental, nas instalações da NSA e do Cyber Command, localizadas em Fort Meade, Maryland. Relatos de alguns oficiais de defesa indicam que há uma crescente atmosfera de temor no Departamento de Defesa, com membros da equipe demonstrando preocupação sobre possíveis demissões por condutas consideradas infundadas em relação a Trump.
