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GRANDE OPORTUNIDADE: O QUE O BICENTENÁRIO DO BANCO LOMBARD ODIER VÊ NO BRASIL

O Lombard Odier é considerado um dos bancos mais antigos da Suíça, com uma história que ultrapassa 200 anos.

Quando se menciona a Suíça, diversos elementos vêm à mente, como seus chocolates, estações de esqui e estrelas do tênis. É provável que diversos bancos suíços renomados também tenham sido lembrados. Historicamente, as instituições financeiras do país, especialmente as focadas na administração de grandes fortunas, sempre tiveram destaque. No entanto, atualmente, não é mais necessário se deslocar para os Alpes para abrir uma conta em um desses bancos tradicionais. Muitas instituições financeiras, reconhecendo o potencial do mercado brasileiro, abriram filiais no país.

O Lombard Odier, por exemplo, opera no Brasil desde 2021, buscando se firmar entre os multimilionários brasileiros. Com quase 230 anos de atividade, a instituição está presente em 19 países e conta com mais de 3 mil funcionários, gerenciando ativos que somam cerca de US$ 340 bilhões (equivalente a R$ 1,9 trilhão).

De acordo com relatos da direção do banco, sua atuação se concentra na gestão de patrimônio, direcionada a clientes privados, evitando a abordagem de serviços bancários amplos, comum em instituições de varejo. O foco reside em oferecer serviços personalizados, que representam um diferencial competitivo, enfatizando a exclusividade e a sofisticação de suas propostas.

A trajetória do Lombard Odier no Brasil, embora recente, possui raízes históricas. Uma das primeiras famílias brasileiras a abrir conta na instituição o fez há mais de seis décadas, permanecendo cliente até os dias atuais. A decisão de estabelecer uma filial no Brasil baseia-se na percepção de que o país é um mercado estratégico para a gestão de fortunas, apesar da forte concorrência com grandes bancos que já operam nesse segmento.

Em relação à concorrência, o Lombard Odier evidencia que sua intenção não é competir com os grandes bancos brasileiros, mas sim com instituições internacionais que atuam em setores semelhantes. O desenvolvimento do setor bancário brasileiro complicou a atração de recursos por parte de bancos internacionais. Assim, a experiência do Lombard Odier em diversificação global é destacada como um aspecto atrativo para os investidores.

Embora os dados financeiros sejam mantidos em sigilo, a instituição afirma que sua operação no país tem apresentado crescimento significativo e perspectivas positivas para o futuro. Os serviços incluem assessoria financeira e consultoria internacional voltados para famílias, abrangendo gestão de portfólio, planejamento patrimonial e tributário, além de métodos para facilitar a transferência de riquezas entre gerações.

Além da diferenciação na abordagem, a combinação de serviços personalizados com tecnologia moderna é vista como uma vantagem no mercado brasileiro. O banco busca ampliar sua base de clientes de maneira gradual, reconhecendo que conquistar novos mercados exige tempo.

Um dos motivos que motivaram a expansão do Lombard Odier para o Brasil são as expectativas de crescimento econômico, especialmente no setor agropecuário, e o interesse de famílias ricas em diversificar seus investimentos internacionalmente. Há uma mudança lenta, mas significativa, em que famílias estão mais abertas a entender sobre investimentos fora do país, percebendo a importância da diversificação de portfólios.

A discussão sobre sucessão patrimonial ainda não é uma prática comum nas famílias brasileiras, mas é uma prioridade na gestão de patrimônio do Lombard Odier. O processo de sucessão envolve não apenas a transferência de bens, mas também planejamento tributário, jurídico e a educação financeira dos herdeiros.

A singularidade de cada família e as particularidades sociais e econômicas de cada país são cuidadosamente consideradas na elaboração de estratégias de gestão. Especialistas da instituição estão atentos às mudanças regulamentares em diversas jurisdições, garantindo sempre a melhor abordagem.

Adicionalmente, há uma preocupação em preparar as novas gerações para que compreendam a gestão do patrimônio de maneira consciente, alinhando seus investimentos aos valores que defendem. Essa evolução nas expectativas geracionais pode gerar conflitos familiares, tornando mais relevante o papel do banco como mediador.

Enquanto as gerações mais velhas costumam focar na preservação do patrimônio, os jovens buscam garantir que seus investimentos reflitam seus princípios. O banco atua nesse processo de diálogo e na formulação de estratégias que equilibrem essas visões distintas, assegurando que a transição de bens ocorra de forma harmoniosa.

A instituição se coloca disponível para auxiliar as famílias em todo esse processo, reconhecendo a relevância do tema para a gestão patrimonial e o diferencial que isso representa em sua abordagem ao clientela atual.

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