Um conjunto de associações representativas do setor elétrico, da indústria e do comércio está promovendo uma campanha para que o Congresso mantenha os vetos impostos pelo presidente Lula em relação ao marco legal das usinas eólicas offshore. Essas entidades sustentam que a conservação dos vetos evitaria um acréscimo de 9% na fatura de energia elétrica, uma previsão feita pela consultoria internacional PSR, que estima que os artigos barrados poderiam gerar um custo extra de 20 bilhões de reais por ano até 2050.
Os dispositivos vetados incluíam a contratação obrigatória de usinas termelétricas a gás, assim como a renovação de contratos com usinas termelétricas a carvão e pequenas centrais hidrelétricas. De acordo com as associações, tarifas de energia mais elevadas encarecem o custo de produção e exercem pressão inflacionária. Além disso, o grupo argumenta que a manutenção dos vetos preveniria um aumento de 25% nas emissões de CO₂ no setor elétrico. Os artigos vetados, segundo suas afirmações, adicionariam 252 milhões de toneladas de gases de efeito estufa à atmosfera até 2050, comprometendo a matriz elétrica do país.
As associações que compõem a campanha pela preservação dos vetos incluem a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), a Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), a Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), entre outras. Também fazem parte a Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE), a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e diversas federações do comércio e indústrias de Minas Gerais e São Paulo, em conjunto com a Frente Nacional dos Consumidores de Energia e a União pela Energia.