O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou recentemente o compromisso do governo com um ajuste fiscal de qualidade, em um documento enviado ao comitê do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele destacou que o novo arcabouço fiscal adotado no Brasil tem gerado benefícios, facilitando a alocação de recursos em áreas sociais prioritárias e assegurando a sustentabilidade da dívida a longo prazo. Além disso, Haddad mencionou a criação de metas específicas para os gastos sociais e uma nova regra fiscal voltada para garantir a sustentabilidade fiscal. O ministro também enfatizou a necessidade de alinhar os aumentos do salário mínimo com o novo arcabouço e implementar medidas que aumentem a progressividade das receitas e eliminem subsídios ineficientes.
Por outro lado, o FMI emitiu uma projeção alarmante, indicando que a relação entre a dívida pública e o PIB do Brasil deve aumentar de 87,3% em 2024 para 92% em 2025. Essa estimativa aponta para um possível agravamento da situação fiscal durante a gestão atual. No cenário financeiro, a confiança em relação ao futuro do arcabouço fiscal é baixa, especialmente após o governo ter admitido a possibilidade de um colapso nas contas públicas em 2027, devido ao impacto dos precatórios. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também se pronunciou sobre o estado fiscal, ressaltando que a próxima equipe governamental terá a responsabilidade de aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busque a redução dos gastos públicos. Ela alertou que ajustes orçamentários são essenciais para evitar desequilíbrios e justificou o adiamento de cortes no orçamento pela falta de apoio do Congresso, particularmente em ano eleitoral.
