O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que o governo carece de uma estratégia clara para enfrentar um déficit estimado em R$ 10,9 bilhões, essencial para cobrir as despesas mínimas em saúde e educação no Orçamento de 2027. Ele mencionou que, conforme as etapas do processo forem realizadas, o governo tomará medidas para corrigir o Orçamento. Até o momento, a discussão sobre essa questão não foi iniciada, embora o ministro reconheça a presença de desafios, incluindo a problemática dos precatórios.
Durante suas declarações, Haddad sugeriu que um diálogo a respeito dos precatórios e das emendas parlamentares poderia contribuir para a estabilização das contas públicas. Ele observou que a previsão negativa para as finanças em 2027 decorre das restrições impostas pelo arcabouço fiscal e pelos pagamentos de precatórios. O ministro enfatizou a necessidade urgente de revisar as regras fiscais e envolver a sociedade e o Judiciário nas discussões sobre o aumento substancial dos precatórios, que quase dobrou durante o governo anterior.
Haddad destacou a importância de envolver a sociedade e o Judiciário no debate sobre a questão, que se intensificou no governo anterior, sob a gestão de Jair Bolsonaro, quando o valor dos precatórios saltou de aproximadamente R$ 50 bilhões para quase o dobro. Ele assinalou que, para um país que precisa realizar ajustes fiscais, essa situação representa um grande desafio. O volume de precatórios e emendas é uma questão relativamente nova, o que torna a necessidade de diálogo ainda mais pertinente.