O Hamas assegurou que a libertação de três reféns israelenses neste sábado (1º) acontecesse de maneira mais organizada, “depois de aprender com as experiências caóticas de quinta-feira (30)”, conforme relatou um ex-negociador de reféns. “É importante ressaltar que o Hamas assimilou a lição do tumulto que vivenciamos na última quinta (30), quando os reféns foram libertados em Khan Younis e multidões colocaram suas vidas em risco”, observou um especialista que atua na área. Ele ainda mencionou que, após as reclamações de Israel aos mediadores – Catar e Egito – que foram repassadas ao Hamas, o grupo palestino “tomou precauções para garantir que, nesta manhã, os três reféns fossem liberados de forma ordenada”.
Cenas de desordem marcaram a liberação de reféns israelenses e tailandeses em Gaza na quinta-feira (30), com manifestações denunciando líderes israelenses e um atraso temporário na soltura de prisioneiros palestinos.
Israel vem realizando intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após a invasão do Hamas ao país, que resultou na morte de 1.200 pessoas, conforme os relatos israelenses. Além disso, o grupo ainda mantém diversos reféns. O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se comprometeu repetidamente a erradicar as capacidades militares do Hamas e a resgatar as pessoas detidas em Gaza. Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel realiza incursões em solo palestino, o que resultou no deslocamento de grande parte da população de Gaza. A ONU e várias organizações humanitárias alertaram sobre uma situação humanitária alarmante na Faixa de Gaza, com escassez de alimentos, medicamentos e o crescimento da propagação de doenças.