A coordenação entre Israel e os Estados Unidos antes da intensificação do conflito em Gaza evidencia a suposta cumplicidade norte-americana na guerra, de acordo com a declaração do porta-voz do Hamas, Abdul Latif Al-Qanou. Em uma mensagem divulgada no aplicativo Telegram, Al-Qanou afirmou que essa colaboração confirma o envolvimento de Washington em uma “guerra de genocídio” contra o povo palestino e proporciona justificativa para os crimes de guerra atribuídos a Israel. O Hamas solicitou à comunidade internacional ações imediatas para pressionar Israel a interromper o conflito em Gaza.
Os ataques realizados por Israel na região de Gaza resultaram na morte de mais de 400 pessoas, além de romper um cessar-fogo previamente estabelecido. O Exército israelense emitiu ordens de retirada para várias áreas em Gaza, refletindo uma escalada nas hostilidades. Informações sobre os ataques e o fim da trégua têm sido amplamente divulgadas, destacando o contexto crescente de tensão.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, havia declarado que Israel comunicou a administração Trump antes dos ataques em Gaza. Ela mencionou em uma entrevista à Fox News que a administração e a Casa Branca foram consultadas pelos israelenses sobre as operações a serem executadas. Leavitt enfatizou que, de acordo com a posição do ex-presidente Trump, ações violentas por parte de grupos como o Hamas e os Houthis não seriam toleradas e que haveria consequências significativas.
Al-Qanou destacou que o Hamas havia aceitado “todos os termos” da trégua e expressou desejo de fortalecer o acordo e avançar para a próxima fase, no entanto, alegou que Israel se recusou a cumprir com suas obrigações.
