O líder do Hamas em Gaza declarou que o grupo está disposto a iniciar negociações imediatamente para um acordo que envolva a troca de todos os reféns por um número previamente acordado de palestinos detidos por Israel. Este movimento faz parte de um esforço mais amplo para encerrar o conflito no enclave. Em um discurso transmitido pela televisão, Khalil Al-Hayya, que lidera a equipe de negociação do Hamas em conversas indiretas com Israel, enfatizou que o grupo rejeitou um acordo de trégua temporária.
Hayya criticou a abordagem do governo israelense, alegando que acordos parciais são utilizados como uma forma de disfarçar uma agenda política que visa a continuação de uma guerra de extermínio e fome. Ele alertou que essa estratégia acaba sacrificando todos os prisioneiros e expressou que o Hamas não apoiará essa política.
Mediadores egípcios têm se empenhado para revitalizar o acordo de cessar-fogo que havia sido estabelecido em janeiro, o qual havia interrompido os combates em Gaza antes de falhar no mês passado. Apesar desses esforços, existem poucos indícios de progresso, com ambas as partes se culpando mutuamente pela ausência de um acordo.
A mais recente rodada de negociações, que ocorreu no Cairo no dia 14, com o objetivo de restaurar o cessar-fogo e liberar reféns israelenses, concluiu-se sem avanços significativos, segundo relatos de fontes palestinas e egípcias. Durante este evento, Hayya informou que o Hamas aceitou uma proposta enviada pelos mediadores, Catar e Egito, para a liberação de alguns reféns em troca da libertação de palestinos detidos por Israel e para dar início às negociações da segunda fase do acordo de cessar-fogo, que inclui a cessação das hostilidades e a retirada das forças israelenses de Gaza. Ele também acusou Israel de apresentar uma contraproposta que continha “condições impossíveis.”
