O grupo palestino Hamas anunciou no dia 14 de março que concordou em libertar Edan Alexander, um cidadão israelense-americano, além de liberar os corpos de outros quatro reféns. O Hamas também informou que recebeu uma proposta de mediadores para reiniciar as negociações de cessar-fogo em Gaza e aceitou a proposta. Até o momento, não houve resposta oficial de Israel.
Steve Witkoff, representante especial do ex-presidente dos Estados Unidos, destacou em uma coletiva de imprensa na Casa Branca que garantir a libertação de Edan Alexander, um jovem de 21 anos oriundo de Nova Jersey, era uma “prioridade máxima”. Alexander atuou como soldado no exército israelense. Durante entrevistas, Boehler comentou que as reuniões com o Hamas tinham como objetivo entender os intentos do grupo para finalizar as hostilidades, mencionando que a discussão foi produtiva.
Na sequência, Israel e o Hamas indicaram que estavam se preparando para a próxima etapa das negociações de cessar-fogo, com mediadores avançando nas conversações para estender a trégua de 42 dias que teve início em janeiro. Nos últimos dias, uma delegação do Hamas se encontrou com mediadores egípcios, reafirmando a disposição para discutir a implementação da segunda fase do acordo. Israel, por sua vez, confirmou o envio de negociadores para Doha para tratar do cessar-fogo.
Os Estados Unidos, o Catar e o Egito têm se empenhado em resolver as divergências entre o grupo militante islâmico e Israel no intuito de reativar as negociações para a segunda fase do cessar-fogo. O foco principal é a libertação dos reféns ainda mantidos em Gaza e a facilitação da entrada de ajuda humanitária na região, que está severamente afetada pela guerra. Em 2 de março, Israel bloqueou a passagem de caminhões de ajuda para Gaza, culminando em um impasse em relação à trégua, com o Hamas solicitando a intervenção de mediadores egípcios e catarianos.
As hostilidades em Gaza foram suspensas desde 19 de janeiro, sob o primeiro estágio do acordo de cessar-fogo que compreende três fases. O Hamas já trocou 33 reféns israelenses e cinco tailandeses por aproximadamente 2 mil prisioneiros palestinos. A matéria da segunda fase envolverá negociações para a retirada completa das forças israelenses do território, com Israel enfatizando a necessidade de que o Hamas libere todos os reféns antes do início das discussões sobre esta fase.