A entrega de reféns neste sábado (25) foi a mais elaborada até o momento pelo Hamas. Um palco foi montado na Praça Palestina, na Cidade de Gaza, onde centenas de homens mascarados armados vigiavam a cena. O Hamas parecia estar tentando demonstrar que ainda detinha o controle sobre Gaza, apesar dos ataques enfrentados durante os 15 meses de conflito. Ao entregar as quatro mulheres soldados israelenses, o grupo ainda as vestiu com uniformes militares improvisados.
As quatro mulheres, com idades entre 19 e 20 anos, usavam jaquetas e calças verdes estilo cáqui e seus cabelos estavam arrumados em rabos de cavalo. No palco para onde foram levadas durante sua libertação, uma grande faixa estava exposta com a frase: “O sionismo não vencerá”. A faixa também exibia símbolos de unidades militares frequentemente vistos em uniformes israelenses, além de emblemas do Shin Bet – a Agência de Segurança Interna de Israel.
Em contraste, os três reféns libertados na semana anterior não eram soldados em serviço e estavam vestidos com roupas civis de cores vibrantes. Os vídeos do sequestro das quatro mulheres soldados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 se espalharam rapidamente nas redes sociais.
Na ocasião do sequestro, a maioria das mulheres estava vestida de forma casual, incluindo pijamas, quando foram tiradas de seus quartos. Os vídeos mostravam que elas estavam cobertas de sangue. Em um dos clipes, Naama Levy foi arrastada pelos cabelos sob a mira de uma arma, com as mãos amarradas e tornozelos feridos. Ao longo dos 15 meses de conflito entre Israel e Hamas, 841 soldados israelenses perderam suas vidas, sendo 405 em combate em Gaza, segundo informações do Exército de Israel. Mais de 47.000 palestinos também foram mortos em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde local, que afirma que a maioria das vítimas eram mulheres e crianças.
