4 março 2025
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Hamas Solicita Apoio dos Países Árabes para Impedir Deslocamento de Palestinos em Gaza

O Encontro de Cúpula da Liga Árabe ocorre no Cairo, Egito, focando nas atuais tensões entre Israel e o Hamas, especialmente em relação a um impasse nas negociações que visam as próximas etapas do cessar-fogo estabelecido. Neste contexto, foi reportado que a resposta militar israelense resultou na morte de pelo menos 48.397 pessoas em Gaza, a maioria civis.

Na reunião, o Hamas solicitou aos líderes árabes que “frustrem” propostas para a retirada dos palestinos da Faixa de Gaza, enquanto um plano controverso que havia sido sugerido requer que os Estados Unidos assumam o controle da região e transfiram sua população para outros locais. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apoiou a ideia, afirmando que seria o momento adequado para permitir que os habitantes de Gaza saíssem do local. Em contrapartida, o Hamas expressou sua esperança de que os países árabes desempenhem um papel ativo na mitigação da crise humanitária causada pela ocupação.

O impasse nas negociações de cessar-fogo, iniciado em 19 de janeiro, é um foco central da cúpula. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, impôs como condição para a continuidade do cessar-fogo a “desmilitarização total” de Gaza, a remoção do Hamas e a devolução dos reféns sequestrados durante o ataque em 7 de outubro de 2023. Essas exigências foram prontamente rejeitadas pelo Hamas, que também se depara com a suspensão de bens e suprimentos israelenses destinados à Gaza.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e o rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa, fizeram discursos na abertura da cúpula, que seguiu para discussões fechadas com o objetivo de aprovar um plano egípcio para Gaza. O novo presidente da Síria, Ahmad al-Chareh, participa pela primeira vez de uma cúpula árabe.

Al-Sisi afirmou que seu plano é assegurar que os palestinos permaneçam em suas terras e declarou que a administração Trump tem potencial para alcançar a paz na região. O plano egípcio, avaliado em 53 bilhões de dólares, destina-se à reconstrução de Gaza ao longo de cinco anos, criando um fundo internacional para garantir a sustentabilidade e a transparência do financiamento.

A fase inicial de seis meses deverá focar na remoção de detritos, desminagem e na construção de moradias temporárias para mais de 1,5 milhão de pessoas. Subsequentemente, haverá a implementação de outras duas fases voltadas à infraestrutura e à construção de um porto comercial e um aeroporto. A longo prazo, a Autoridade Palestina, situada na Cisjordânia, deverá assumir a governança da Faixa de Gaza, que permanece sob o controle do Hamas desde 2007, com a possibilidade de uma supervisão internacional. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, manifestou disposição para assumir essa posição.

O ataque ocorrido em 7 de outubro de 2023 resultou na morte de 1.218 pessoas em Israel, a maioria delas civis, conforme dados oficiais. A resposta do Exército israelense resultou em um número alarmante de fatalidades em Gaza, conforme apontam dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

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