O magnata do cinema Harvey Weinstein, de 73 anos, voltou a ser julgado por estupro e agressão sexual após a anulação de sua primeira condenação. O juiz do caso, Curtis Farber, prevê que o julgamento possa ser concluído em maio, embora exista a possibilidade de que se estenda até o início de junho. Durante o processo de seleção do júri, que ocorreu na terça-feira, muitas pessoas foram recusadas por declararem que não poderiam ser imparciais em relação ao caso, que ganhou ampla cobertura da mídia.
Weinstein é acusado de agredir sexualmente a ex-assistente de produção Mimi Haleyi em 2006 e de estuprar a atriz aspirante Jessica Mann em 2013, além de uma nova acusação de suposta agressão em um hotel de Manhattan em 2006. A condenação anterior, que resultou em uma pena de 23 anos de prisão, foi anulada pelo Tribunal de Apelações de Nova York devido a questões processuais. Em sua primeira condenação, ele foi considerado culpado por duas das cinco acusações. Desde 2017, Weinstein é uma figura central no movimento #MeToo, que surgiu em resposta a denúncias de abusos e assédios sexuais.
Atualmente, Weinstein cumpre outra pena de 16 anos em uma prisão de Los Angeles por crimes cometidos em 2013. Recentemente, ele tem se apresentado debilitado em audiências judiciais, usando cadeira de rodas e demonstrando sinais visíveis de fraqueza, embora mantenha uma expressão desafiadora. O impacto do movimento #MeToo revelou um aumento nas denúncias de abusos e assédios em várias partes do mundo, incluindo Estados Unidos, Canadá e Europa, com diversos casos de figuras proeminentes, como Bill Cosby e Gerard Depardieu, indo a julgamento por acusações similares.
