O cenário encontrado por Hugo Calderano foi desafiador, uma vez que ocorreu em Macau, um território chinês onde o tênis de mesa, popularmente conhecido como pingue-pongue, é considerado um esporte nacional. Isso contribui para a predominância dos atletas chineses nos pódios, frequentemente acompanhados por uma torcida entusiasmada que exibe bandeiras e grita os nomes de seus favoritos. No entanto, durante a competição, Calderano, atleta brasileiro de 28 anos, se destacou ao dominar a partida com movimentos firmes e precisos, conquistando uma vitória inesperada na Copa do Mundo. Ele alcançou o terceiro posto no ranking mundial após derrotar Lin Shidong, o número um, no dia 20 de outubro.
A conquista de Calderano é um marco histórico, não apenas por ser a primeira medalha de ouro para um brasileiro na competição, mas também por representar uma forma de redenção pessoal para o atleta, especialmente após sua saída da Olimpíada de Paris sem medalhas e devastado pela derrota. A intensidade do impacto emocional foi tal que ele se isolou momentaneamente, encolhendo-se e cobrindo o rosto com a camisa para evitar as câmeras, tentando lidar com a tristeza que vinha enfrentando. O evento em Macau apresentou um contraste marcante, com um Calderano visivelmente feliz e aliviado.
A vitória do atleta foi amplamente reconhecida, chegando a ser destacada até mesmo em veículos de comunicação chineses, ressaltando que um brasileiro se tornara o primeiro não asiático e não europeu a conquistar a medalha de ouro na competição. Calderano expressou a importância desse triunfo em sua trajetória, revelando que, um mês antes, ele se encontrava desmotivado. A conquista foi decisiva para restaurar sua confiança e abrir um novo capítulo após a experiência amarga nas Olimpíadas.
