O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, anunciou a suspensão cautelar do mandato de Gilvan da Federal. A decisão, oficializada em um despacho na noite de terça-feira, estabelece que o deputado estará suspenso por três meses, conforme deliberação do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Na mesma data, o Conselho de Ética aprovou o parecer que recomenda a suspensão do deputado, com um resultado de 15 votos a favor e 4 contra. Gilvan da Federal ainda tem a opção de recorrer a uma votação no plenário, mas já manifestou a intenção de não contestar a decisão. O site oficial da Câmara foi atualizado, e a página do deputado informa que ele “não está em exercício”.
Gilvan da Federal é alvo de uma representação feita pela Mesa Diretora da Câmara, que o acusa de quebra de decoro parlamentar. As acusações se referem a ofensas dirigidas à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e a uma discussão acalorada com o deputado Lindbergh Farias, marido da ministra, durante uma reunião na Comissão de Segurança Pública.
O relator do caso, deputado Ricardo Maia, destacou que a suspensão é uma medida cautelar e não prejudica o andamento do processo disciplinar principal. O Conselho ainda irá avaliar a possibilidade de abrir um processo disciplinar que pode resultar na cassação do mandato do deputado, sendo necessário designar um novo relator para essa ação.
A representação contra Gilvan foi protocolada pela Mesa Diretora no dia 30 de abril, após ser notificada pela Corregedoria Parlamentar. Durante uma reunião na Comissão de Segurança Pública, ele proferiu palavras ofensivas em relação à ministra, associando-a a um apelido depreciativo ligado a supostos repasses ilegais de uma empresa a políticos. Após essas declarações, ocorreu uma discussão acalorada com o deputado Lindbergh Farias. Gilvan negou ter se dirigido diretamente à ministra.
