O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, devido a supostos crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza. Este ato gerou reações ao redor do mundo, e a Hungria decidiu anunciar, nesta quinta-feira (3), que dará início ao processo de retirada do TPI. O chefe de gabinete do Primeiro-Ministro húngaro, Viktor Orbán, declarou que a decisão será formalizada seguindo os trâmites constitucionais e legais internacionais.
Essa declaração ocorre enquanto Netanyahu visita Budapeste, apesar do mandado de prisão internacional que pesa contra ele por sua atuação no conflito com a Faixa de Gaza. A Hungria havia convidado o Primeiro-Ministro israelense para a visita em novembro, após o TPI ter emitido o mandado que o acusa de crimes contra a humanidade.
Viktor Orbán, que é um dos principais aliados de Netanyahu, classificou o mandado de prisão como “escandalosamente insolente” e “cínico”. É importante mencionar que os países que são signatários do TPI, como a Hungria, têm a obrigação de prender indivíduos que estão sob mandado de prisão se entrarem em seu território. No entanto, o Tribunal não possui meios para garantir a execução dessas ordens, dependendo da boa vontade dos estados para cumprir suas determinações.
