Um recente estudo destacou que modelos de inteligência artificial conseguiram passar no Teste de Turing. Este experimento, idealizado pelo matemático Alan Turing, envolve um interrogador que deve discernir entre uma máquina e um humano através de interações textuais. Se a máquina não for identificada, ela é considerada bem-sucedida no teste.
Pesquisadores do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Cornell, nos EUA, testaram quatro sistemas de IA. Durante o experimento, um grupo de interrogadores teve conversas simultâneas com duas fontes por cinco minutos, uma pessoa e um Grande Modelo de Linguagem (LLM). Nesse contexto, ambos os participantes precisavam persuadir o interrogador de que eram humanos, uma dinâmica que também é conhecida como Jogo da Imitação.
Um total de 284 indivíduos foram selecionados aleatoriamente para atuar como humanos, enquanto as inteligências artificiais testadas incluíram ELIZA, GPT-4o, LLaMa-3.1-405B e GPT-4.5. A IA GPT-4.5 da OpenAI se destacou, conseguindo convencer 73% dos interrogadores de que era humana quando orientada a adotar um comportamento semelhante a um humano. O estudo indica que essa taxa de sucesso foi “significativamente maior” do que a dos participantes humanos escolhidos. Em condições semelhantes, a LLaMa 3.1, desenvolvida pela Meta, convenceu 56%, enquanto ELIZA e GPT-4o convenceram 21% e 23%, respectivamente.
Embora o estudo ainda não tenha sido publicado ou revisado por pares, ele apresenta os “resultados como a primeira evidência empírica de que qualquer sistema artificial pode passar em um teste padrão de Turing envolvendo três participantes”.