Após registrar R$ 10,9 bilhões na segunda-feira, o volume financeiro na B3 aumentou para R$ 23,0 bilhões na terça-feira. Com a recuperação do fluxo após o feriado nos Estados Unidos, o Ibovespa alcançou em 27 de junho seu terceiro dia consecutivo de valorização, atingindo um novo pico intradia histórico de 140.381,93 pontos. O fechamento das bolsas em Nova York apresentou um significativo aumento de 2,47% no Nasdaq. Uma informação positiva foi a leitura da prévia da inflação oficial de maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que ficou abaixo das expectativas, quase no limite inferior das estimativas. A curva dos contratos DI recuou, o dólar encerrou em baixa de 0,53%, cotado a R$ 5,6457, e o Ibovespa subiu 1,02%, finalizando o dia em 139.541,23 pontos, ficando próximo do terceiro maior fechamento da história.
O volume financeiro na B3, após o desempenho de R$ 10,9 bilhões na segunda-feira, saltou para R$ 23,0 bilhões na terça-feira. Durante a semana, o Ibovespa acumulou uma alta de 1,25%, e no mês, o índice registrou um avanço de 3,31%, totalizando um crescimento anual de 16,01%. As ações que lideraram o índice no dia foram Vamos (+9,69%), Assaí (+7,61%) e CVC (+6,67%). Em contrapartida, as quedas mais acentuadas foram observadas em CSN Mineração (-5,80%), Petz (-4,15%) e BRF (-3,52%). Entre as blue chips, a maioria teve um desempenho positivo, com exceção da Vale (ON -0,31%), a ação de maior peso no índice. A Petrobras teve um incremento de 0,96% nas ações ordinárias e de 0,73% nas preferenciais, enquanto os maiores bancos, como Bradesco PN, subiram até 2,04%, exceto o Banco do Brasil (ON -0,41%).
O dólar apresentou uma leve queda no mercado local, em um dia caracterizado pelo aumento das bolsas americanas e pela valorização das moedas latino-americanas. O real pode ter sido favorecido pela entrada de capital na bolsa brasileira, especialmente após a divulgação do IPCA-15, que reforçou a expectativa de que o Banco Central pode ter finalizado seu ciclo atual de aperto monetário. Segundo operadores, a liquidez foi bastante limitada na segunda-feira, devido à ausência de negociações nos mercados americanos em razão do feriado de Memorial Day. Parte da movimentação nesta terça-feira pode ser vista como um ajuste de posições e uma correção nos ganhos do dólar de segunda-feira. Durante a manhã, o Banco Central vendeu US$ 500 milhões em um leilão de rolagem, com um total disponível de US$ 1 bilhão, relacionado ao vencimento de 2 de julho de 2025.
O dólar à vista fechou em R$ 5,6457, com uma baixa de 0,53%, apresentando uma queda acumulada de 0,54% em maio. No ano, a moeda norte-americana registra uma desvalorização de 8,65% em relação ao real, que se destaca como a melhor performance entre as moedas latino-americanas em 2025, seguido pelo peso mexicano. No exterior, a moeda americana teve ganhos em relação a outras divisas, com aumento superior a 1% frente ao iene japonês e também comparado à maioria das moedas emergentes e de países exportadores, impulsionado por um avanço expressivo no índice de confiança do consumidor dos EUA em maio, segundo dados do Conference Board. As taxas dos Treasuries recuaram de maneira geral, beneficiando também as moedas latino-americanas.
Os rendimentos de longo prazo dos Treasuries dos EUA diminuíram após a informação de que o Ministério das Finanças do Japão reduzirá a emissão de seus próprios títulos de longo prazo, o que contribuiu para estabilizar ativos de maior risco e resultou em alta nas ações nos EUA, conforme análise publicada por uma instituição financeira.
Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou que espera que os países europeus abram seus mercados para os EUA, após anunciar o adiamento da implementação de tarifas de 50% para produtos da União Europeia de 1º de junho para 9 de julho. Ele também mencionou que recebeu informações sobre a urgência da UE em agendar reuniões para discussões sobre negociações tarifárias.