11 março 2025
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Impacto das Tarifas de Trump: Empresas Perdem US$ 4,3 Trilhões em Valor de Mercado

Empresas cotadas nas principais bolsas de valores dos Estados Unidos enfrentam perdas acumuladas de US$ 4,32 trilhões em ações desde 20 de janeiro, data em que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos. Entre essas, as Sete Magníficas, um grupo de sete empresas de tecnologia que dominam o setor financeiro americano, registrou uma desvalorização de US$ 2,53 trilhões. Os dados são provenientes da consultoria Elos Ayta.

No mesmo estudo, foi destacado que apenas na segunda-feira (10), o fechamento negativo dos índices Nasdaq, Dow Jones e S&P 500 resultou em uma perda de US$ 1,61 trilhão para as companhias listadas. Mercados na Europa, Ásia e Brasil também encerraram suas atividades em baixa, refletindo as incertezas globais decorrentes dos efeitos da guerra comercial iniciada por Trump.

Em um pronunciamento no domingo (9), o ex-presidente minimizou as recentes oscilações do mercado, que perduram há semanas, e indicou que não descarta a possibilidade de uma recessão como resultado das políticas que vem adotando. Esta declaração aumentou as preocupações de que suas tarifas possam provocar elevações nos preços e retração no consumo e nos investimentos.

Os mercados financeiros estão lidando com um cenário de crescente incerteza em relação às tarifas impostas. O presidente da FBB Capital Partners, Mike Mussio, comentou que “os mercados continuarão a liquidar os ativos devido à incerteza persistente sobre a situação das tarifas de Trump. Os participantes do mercado antagonizam incertezas.”

No âmbito do comércio internacional, parceiros comerciais anteriores passaram a se engajar em uma série de barreiras tarifárias. A China impôs taxas que podem chegar a 15% sobre produtos agrícolas americanos, em resposta ao aumento de 20% das tarifas sobre produtos chineses aplicadas pelos Estados Unidos. Além disso, a partir de 20 de março, a China também começará a taxar produtos agrícolas e alimentícios provenientes do Canadá com tarifas variando de 25% a 100%.

Essa medida é uma retaliação ao Canadá, que, em outubro do ano passado, implementou um imposto de 100% sobre carros elétricos da China e de 25% sobre produtos de alumínio e aço. Embora Donald Trump tenha adiado a aplicação de várias tarifas sobre produtos canadenses, o primeiro-ministro da província de Ontário, Doug Ford, decidiu aumentar em 25% o preço da energia exportada para Minnesota, Michigan e Nova York.

Adicionalmente, Ford fez um alerta sobre a possibilidade de restringir o fornecimento de eletricidade, que representa uma pequena fração do total consumido nos três estados americanos. “Se os Estados Unidos escalarem, eu não hesitarei em cortar totalmente a eletricidade. Sinto muito pelo povo americano, pois eles não são responsáveis por essa guerra comercial. Apenas uma pessoa é responsável. E essa pessoa é o presidente Trump”, afirmou o primeiro-ministro de Ontário.

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