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O cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns, que foram acordados entre Israel e o grupo Hamas, entraram em vigor no domingo (19), representando um marco importante no conflito que persiste na região. De acordo com uma analista de relações internacionais, o relativo enfraquecimento da Rússia tem contribuído de maneira significativa para a formação de um cenário propício para esse acordo. A especialista comentou que, ao se concentrar em suas prioridades na Guerra da Ucrânia, a Rússia se afastou de várias questões, incluindo a situação na Síria.
Essa mudança no envolvimento russo, segundo a analista, possibilitou que facções rebeldes na Síria recuperassem influência, desafiando inclusive o governo de Bashar al-Assad, que se manteve no poder desde a Primavera Árabe. As conversações entre o Líbano e o Hezbollah com Israel, seguidas do entendimento entre Hamas e Israel, também indicam um retrocesso para o Irã, que é visto como o principal ator na região e rival dos Estados Unidos. A analista ainda ressaltou a nova postura do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em relação ao Irã. Apesar de suas duras críticas ao país durante seu primeiro mandato, quando retirou os Estados Unidos de um acordo histórico, Trump está adotando uma abordagem mais prudente nos tempos recentes.
Esses vários elementos — o declínio do poder russo, a reconfiguração das forças no Oriente Médio e a possível mudança na política americana em relação ao Irã — criam um cenário complexo e desafiador para a nova administração dos Estados Unidos. O acordo de cessar-fogo em Gaza é considerado um passo inicial significativo dentro desse novo contexto geopolítico que envolve o Oriente Médio.
