Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em 8 de setembro indicam que os programas sociais do governo tiveram um papel significativo no aumento do rendimento mensal real domiciliar per capita da população brasileira, que atingiu um recorde em 2024. O rendimento mensal real domiciliar per capita alcançou o valor histórico de R$ 2.020, representando uma elevação de 4,7% em comparação a 2023.
A contribuição dos programas sociais para o rendimento domiciliar per capita aumentou de 3,7% em 2023 para 3,8% em 2024. Durante esse período, a quantidade de pessoas recebendo benefícios cresceu de 18,6 milhões para 20,1 milhões.
Além disso, o rendimento de todas as fontes subiu para R$ 3.057, um novo recorde na série histórica. Outros indicadores também alcançaram máximas reais desde 2012, como o rendimento habitualmente recebido em todos os trabalhos, que atingiu R$ 3.225, e o rendimento proveniente de programas sociais do governo, que chegou a R$ 836.
De acordo com análises, os motivos que podem explicar esse crescimento incluem o dinamismo do mercado de trabalho nos últimos anos, o aumento da taxa de ocupação, a alta do rendimento médio, especialmente nas classes de rendimentos mais baixas, além dos reajustes do salário mínimo e a ampliação dos benefícios de programas sociais governamentais.
Em 2023, a disparidade de rendimentos entre a população também se destacou. A parcela de 10% dos cidadãos com maiores rendimentos recebeu o equivalente a 13,4 vezes o rendimento dos 40% com os menores rendimentos. Este foi o menor índice registrado na série histórica, que atingiu seu ápice em 2018, quando a desigualdade era de 17,1 vezes.
