A soberania da Dinamarca é considerada uma “questão fundamental” para a União Europeia, conforme destacado pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, nesta quarta-feira. Isso ocorre em meio ao contínuo interesse do líder dos EUA em reivindicar a posse da ilha do Ártico, que é um território dinamarquês com um status semi-autônomo. Costa comentou que “a territorialidade da Dinamarca, sua soberania e a estabilidade de suas fronteiras são, sem dúvida, questões essenciais”. Essas declarações refletem a posição da chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, que afirmou que o bloco “não está aberto a negociações” sobre a Groenlândia.
Donald Trump argumentou que a Groenlândia é crucial para a segurança dos Estados Unidos e sugere que a Dinamarca deveria abdicar de sua autoridade sobre essa ilha estrategicamente importante localizada no Ártico. Além disso, ele não descartou a ideia de utilizar poder militar ou econômico para alcançar seus objetivos. Os Estados Unidos mantêm uma base militar permanente no noroeste da Groenlândia, a qual funciona como um sistema de alerta antecipado contra mísseis balísticos.
Na terça-feira, em uma reunião, a Otan e a Dinamarca decidiram priorizar o fortalecimento das defesas na região ártica. O governo dinamarquês anunciou um aumento de 2 bilhões de dólares nos investimentos destinados à defesa dessa área. Tanto a Groenlândia quanto a Dinamarca reafirmaram publicamente que a ilha não está à venda, com o primeiro-ministro groenlandês, Mute Egede, enfatizando que seu povo tem o direito de determinar seu próprio futuro.
