28 março 2025
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Incêndios florestais provocam mortes e devastação em áreas urbanas

Moradores observam incêndios florestais sob um poste de luz em Uiseong, na Coreia do Sul, em 24 de março de 2025.

Pelo menos quatro mortes foram registradas e milhares de pessoas foram deslocadas em decorrência de incêndios florestais que atingem a Coreia do Sul. Desde o último fim de semana, aproximadamente 50 focos de incêndio foram identificados em várias províncias, incluindo Gyeongsang do Sul e Gyeongsang do Norte, localizadas nas proximidades da capital, Seul. O quadro é agravado pela combinação de uma seca prolongada e ventos fortes, o que dificultou as operações de combate aos incêndios.

O incêndio florestal, que teve início no sábado, 21, na região de Sancheong, é considerado o mais severo registrado no país desde 2022. Dados do serviço florestal indicam que as mudanças nos padrões climáticos, como variações nas chuvas e temperaturas, poderão ocasionar novos desastres de grande magnitude no futuro.

O Serviço Florestal da Coreia do Sul relatou que aproximadamente 8.700 hectares de floresta foram consumidos pelas chamas, e a expectativa é de que esse número continue a aumentar nos próximos dias. A gravidade da situação levou à evacuação de 2.700 pessoas, que foram realocadas para áreas seguras. Muitas dessas famílias perderão suas residências permanentemente.

Em resposta à crise, o governo sul-coreano declarou três novas áreas como “zonas especiais de desastre”. Essa medida possibilitou o envio de recursos emergenciais para auxiliar na recuperação, bem como o acesso a financiamentos adicionais e suporte logístico. O presidente interino Han Duck-soo, que reassumiu o cargo após uma decisão do Tribunal Constitucional que reverteu seu impeachment, visitou algumas das regiões mais severamente afetadas.

Han afirmou que os bombeiros e as equipes de resgate enfrentam desafios significativos, tornando essencial garantir a segurança desses profissionais durante as operações, uma vez que quatro bombeiros perderam a vida no combate às chamas. Em uma entrevista ao Korea Times, Inger Andersen, diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), destacou a necessidade de direcionar melhor os investimentos em prevenção e resposta. Ela enfatizou a importância de investir na redução do risco de incêndios, colaborando com as comunidades locais e reforçando o compromisso global no combate às mudanças climáticas.

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