A Califórnia tem enfrentado um aumento significativo de ataques de leões-marinhos a banhistas e surfistas, um comportamento que é considerado atípico para esses mamíferos, geralmente pacíficos. Recentemente, um incidente registrado envolveu uma vítima que foi mordida enquanto se preparava para um treinamento de salva-vidas, enquanto outro surfista relatou uma experiência traumatizante. Especialistas apontam que esses ataques podem estar ligados à presença de ácido domoico, uma toxina oriunda de algas nocivas que afeta o sistema nervoso dos leões-marinhos, levando a comportamentos agressivos e desorientação. Desde março, o Marine Mammal Care Center recebeu mais de 2.000 denúncias relacionadas a animais doentes, um número alarmante em comparação aos anos anteriores.
A expansão de algas tóxicas está em ascensão, impulsionada por fatores como o aumento das temperaturas e a poluição. Essas florações prejudicam não apenas a saúde dos leões-marinhos, mas também interferem na cadeia alimentar marinha, podendo intoxicar outros predadores, como golfinhos. Esta situação suscita preocupações sobre os efeitos das mudanças climáticas nos ecossistemas marítimos. A mudança de comportamento dos leões-marinhos, de um estado geralmente dócil para um comportamento potencialmente ameaçador aos humanos, levanta questões sobre a segurança nas praias. Enquanto isso, a comunidade científica continua a investigar as razões por trás dessa transformação comportamental, buscando maneiras de proteger tanto os mamíferos quanto as pessoas.
