A demanda pelo aplicativo chinês na Índia atingiu níveis tão elevados que supera a de todos os outros mercados, exceto a China, tornando-se o aplicativo mais baixado na loja da Apple em aproximadamente 140 países. O ministro indiano de Tecnologia da Informação, Ashwini Vaishnaw, anunciou que o país armazenará em seus servidores um modelo de inteligência artificial desenvolvido pela empresa chinesa DeepSeek. Essa ação ocorre em um contexto de preocupações relativas à privacidade dos dados.
Vaishnaw destacou que o governo indiano está se preparando para criar seus próprios modelos de inteligência artificial de alto nível, com parcerias já estabelecidas entre empresas que estão investindo e colaborando na área. Ademais, o governo considera a possibilidade de reabrir o acesso a aplicativos chineses banidos há cinco anos, como o TikTok, que foram restringidos por causa de tensões militares na fronteira.
Recentemente, a plataforma de moda Shein voltou a estar disponível para download na Índia, resultado de uma colaboração com a Reliance. O Ministério da Indústria e Comércio confirmou que a Shein não terá acesso aos dados pessoais dos usuários. Esta reabertura do mercado indiano para tecnologias e investimentos chineses ocorre em meio a uma desaceleração econômica, com previsões de crescimento ligeiramente superiores a 6% para os próximos anos. A reaproximação entre Índia e China teve início em outubro, com a assinatura de um acordo de desengajamento militar e a realização de um encontro bilateral durante a cúpula do Brics.
