O ministro das Relações Exteriores da Índia declarou ter informado a Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, que os responsáveis pelo ataque na Caxemira na semana anterior devem ser levados à Justiça. Os Estados Unidos estão buscando mitigar as tensões entre a Índia e o Paquistão, duas nações possuidoras de armas nucleares. O governo norte-americano enfatizou que Rubio discutiu a situação entre os dois países em conversas realizadas na quarta-feira (30), solicitando que ambos colaborem para “aliviar as tensões”. Ele expressou apoio à Índia em sua luta contra o extremismo e pediu ao Paquistão que coopere nas investigações sobre o ataque que resultou na morte de 26 pessoas, conforme informações do Departamento de Estado.
O ministro Subrahmanyam Jaishankar destacou em uma postagem em uma rede social que, durante a reunião, afirmou que “os autores, patrocinadores e planejadores” do ataque ocorrido em 22 de abril devem ser responsabilizados. O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, pediu aos Estados Unidos que instem a Índia a “diminuir a retórica e agir com responsabilidade”, segundo comunicado de seu gabinete.
No ataque na Caxemira, ocorrido em um campo repleto de turistas na região de Pahalgam, relatos de autoridades e sobreviventes indicam que os agressores separaram homens, questionaram seus nomes e dispararam contra hindus à queima-roupa, resultando na morte de pelo menos 26 pessoas, a maioria delas turistas. A Índia identificou três agressores, incluindo dois cidadãos paquistaneses, e os classificou como “terroristas” envolvidos em uma revolta violenta na Caxemira, predominantemente muçulmana. O Paquistão negou qualquer envolvimento e pediu uma investigação imparcial.
A Caxemira, de maioria muçulmana, é reivindicada totalmente tanto pela Índia, de maioria hindu, quanto pelo Paquistão islâmico, embora cada nação controle apenas uma parte da região himalaica. Os países já se confrontaram em duas guerras pela Caxemira, e Nova Délhi acusa o Paquistão de apoiar e financiar uma insurgência antigovernamental na Caxemira indiana desde 1989, embora tal atividade tenha diminuído. O governo do Paquistão afirma que seu apoio se restringe a ações diplomáticas e morais em prol da autodeterminação da Caxemira.
