sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Índia conquista marco espacial, tornando-se a quarta nação a alcançar o feito

Na quinta-feira (16), a Índia se tornou o quarto país a realizar com êxito uma atracação não tripulada no espaço, um marco significativo para futuras missões, enquanto Nova Déli se estabelece como uma potência espacial mundial. Somente os Estados Unidos, a Rússia e a China haviam demonstrado previamente essa capacidade. “Acoplamento da nave espacial concluído com sucesso! Um momento histórico”, declarou a Organização Indiana de Pesquisa Espacial.

A missão da agência espacial indiana, denominada Experimento de Atracação Espacial (SpaDex), consistiu na colocação em órbita de duas pequenas espaçonaves, com aproximadamente 220 quilos cada. As espaçonaves, designadas de Alvo e Caçador, foram lançadas do Centro Espacial Satish Dhawan, no sul do estado de Andhra Pradesh, em 30 de dezembro, utilizando um foguete PSLV fabricado na Índia. Na quinta-feira, elas se encontraram e conseguiram atracar uma na outra. O Ministro do Espaço, Jitendra Singh, afirmou que a missão SpaDex da Índia representa o início de uma nova era na exploração espacial, destacando a capacidade tecnológica e a ambição do país.

A tecnologia de atracação é fundamental para futuras iniciativas espaciais, como a manutenção de satélites e a realização de várias missões de foguetes para cumprir os objetivos. O desenvolvimento interno dessa tecnologia será vital para a Índia ao tentar colocar um cidadão indiano na Lua, criar uma estação espacial nacional e trazer amostras lunares de volta. Segundo Singh, a tecnologia permitirá a transferência de materiais entre satélites ou espaçonaves, incluindo cargas úteis e amostras lunares, e possivelmente humanos no espaço.

Além disso, a missão demonstrará a transferência de energia elétrica entre as espaçonaves assim que estiverem conectadas, o que é crucial para o funcionamento de robôs espaciais, o controle de naves e operações de carga útil em futuras missões. Antes da atracação, a Índia fez um teste preliminar no domingo, aproximando os dois satélites até uma distância de apenas 3 metros, antes de retornarem a uma “distância segura”.

As ambições espaciais da Índia ganharam impulso sob a liderança do primeiro-ministro Narendra Modi, que busca reforçar o papel do país no cenário global. Em 2023, a Índia se tornará o quarto país a pousar uma nave espacial na Lua. A missão Chandrayaan-3, que conseguiu um pouso suave próximo ao Polo Sul lunar, está contribuindo para o entendimento da formação e evolução da Lua. Entre os planos futuros, a Índia pretende lançar sua primeira missão tripulada ao espaço nos próximos anos e enviar um astronauta à Lua até 2040, um feito que só os EUA conseguiram até agora.

O país tem a ambição de construir sua própria estação espacial até 2035, denominada “Estação Bharatiya Antariksha”, e realizar sua primeira missão orbital para Vênus em 2028. Além disso, planeja retornar amostras da Lua como parte do seu programa lunar Chandrayaan, previsto para 2027. Recentemente, a Índia tem se esforçado para abrir seu setor espacial ao comércio, permitindo a participação do setor privado e facilitando os investimentos estrangeiros, com foco na construção e lançamento de satélites menores em órbita baixa de maneira mais econômica. Para o experimento de atração recente, o foguete e a espaçonave foram integrados e testados por uma empresa privada, Ananth Technologies, uma novidade no país.

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