sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Indiciamento por tentativa de golpe é sem fundamento, afirma general

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A defesa do general Estevam Theophilo apresentou sua argumentação ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (20), qualificando o indiciamento do militar como “infundado e genérico”. Os advogados requerem a realização de novas diligências que incluiriam os ex-comandantes do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes e general Júlio Cesar de Arruda. No documento, o advogado ressalta que o relatório final da Polícia Federal (PF) não trouxe “uma única prova que possa fundamentar tais acusações graves”.

Os investigadores alegam que o general Theophilo teria manifestado apoio ao golpe de Estado durante uma reunião em 9 de dezembro de 2022. Contudo, a defesa discorda dessa interpretação e argumenta que o militar compareceu ao Palácio da Alvorada com carro oficial e por solicitação de um superior. O advogado defende que Theophilo “jamais poderia ter consentido com um suposto ato golpista na reunião mencionada, não somente porque o ex-presidente não lhe apresentou qualquer proposta com essa intenção, mas também porque, caso a grave acusação fosse verdadeira, ele teria sido prontamente alocado em outra função na Força, capaz de atender a esses supostos intentos da PF”. O documento ainda ressalta que, uma vez que a PF reconhece que o comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, foi contrário ao golpe, isso impossibilita a mobilização do general Theophilo.

A manifestação observa que o general permaneceu no comando de Operações Terrestres (COTER), sob a liderança do próprio comandante do Exército, já no governo Lula. O texto menciona que “conforme demonstrado pelos testemunhos escritos dos ex-comandantes do Exército Brasileiro, além das declarações de elogio do atual comandante da Força Armada durante sua passagem à reserva, seus princípios de amizade, camaradagem, ética, competência, disciplina e hierarquia sempre foram inabaláveis ao longo de sua respeitável carreira militar”. Com estas considerações, a defesa solicita ao Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, que sejam autorizadas novas diligências. Durante as investigações do inquérito, o general Theophilo prestou depoimento via videoconferência que durou aproximadamente cinco horas, informando à PF que foi ao Palácio da Alvorada a pedido de Freire Gomes para uma conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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