terça-feira, fevereiro 4, 2025
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INDÚSTRIA BRASILEIRA RENOVA-SE: CRESCIMENTO DE 9,4% EM 2024 E QUARTO MELHOR RESULTADO NA ÚLTIMA DÉCADA

Dados do IBGE indicam que, em dezembro de 2024, os preços na indústria brasileira sofreram um aumento de 1,48% em relação ao mês anterior, representando o décimo primeiro mês seguido de elevações. Durante o ano, a inflação acumulada no setor industrial foi de 9,42%, um dos maiores índices verificados desde 2014. Esse crescimento foi significativamente superior ao registrado em 2023, quando houve uma queda de 4,99%. Esses dados são parte do Índice de Preços ao Produtor (IPP) divulgado pelo IBGE.

A valorização do dólar foi um fator importante para o aumento dos preços ao longo de 2024. Em dezembro, a moeda americana valorizou-se em 5%, com um aumento acumulado anual de 24,5%. Essa situação impactou diversos setores industriais, como alimentos, metalurgia, produtos químicos, fumo, madeira e equipamentos de transporte.

Dentro do setor alimentício, as variações de preços em dezembro foram as mais acentuadas, contribuindo com 0,49 pontos percentuais. Ao longo do ano, essa categoria acumulou 3,48 pontos percentuais de aumento. O aumento significativo nos preços das carnes foi um dos principais fatores que impulsionaram essa alta, com um crescimento de 14,08% no setor. Outras categorias de produtos, como café e óleo de soja, também apresentaram aumentos expressivos, com variações de 69,28%, reflexo da desvalorização da oferta interna.

O IPP, que avalia a variação dos preços na “porta da fábrica”, excluindo impostos e frete, abrange 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. As maiores variações acumuladas em 2024 ocorreram no setor de metalurgia, com 29,29%, seguido pelo fumo (19,25%), madeira (17,97%) e equipamentos de transporte (17,68%).

Os setores que mais influenciaram o resultado geral da indústria foram alimentos, metalurgia e produtos químicos. Em dezembro, 22 das 24 atividades industriais registraram aumentos de preços em comparação a novembro. As indústrias extrativas apresentaram a maior variação, com crescimento de 5,14%, seguidas pela metalurgia (4,73%) e equipamentos de transporte (3,26%). Esses dados refletem um contexto de recuperação e pressão inflacionária no setor industrial.

O Índice de Preços ao Produtor é um indicador essencial para análise macroeconômica, fornecendo informações sobre os preços que os produtores recebem, desconsiderando impostos e fretes. A divulgação do IPP referente ao mês de janeiro está programada para 14 de março.

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