Sete dos nove grupos de produtos e serviços analisados observaram aumento de preços, sendo a inflação pressionada principalmente pelo preço da energia elétrica residencial, que subiu 1,68%. Esse aumento foi influenciado pela implementação da bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Em maio, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) registrou um crescimento de 0,36%, representando uma desaceleração em relação ao avanço de 0,43% do mês anterior. No acumulado de 12 meses, a inflação alcançou 5,40%, enquanto de janeiro a maio de 2025, essa variação já é de 2,80%.
Entre os grupos em que houve aumento de preços, destaca-se o vestuário, com alta de 0,92%; o setor de saúde e cuidados pessoais, que cresceu 0,91%, em função do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, válido desde 31 de março; e a habitação, que teve um aumento de 0,67%, influenciada pelas tarifas de energia, água, esgoto e gás.
Por outro lado, no grupo de alimentação e bebidas, observou-se uma desaceleração nos preços, passando de 1,14% em abril para 0,39% em maio. Durante esse período, alguns itens como o tomate (-7,28%), o arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%) registraram queda nos preços, enquanto outros, como a batata-inglesa (21,75%) e cebola (6,14%), tornaram-se mais caros. O grupo de transportes, por sua vez, apresentou uma diminuição de 0,29%, impactada pela redução de 11,18% nas tarifas de passagens aéreas.
As tarifas de ônibus urbanos também contribuíram para essa queda, com políticas de tarifa zero aos domingos e feriados em cidades como Brasília (-17,20%) e Belém (-11,44%). Em Curitiba, houve uma redução de 4,49% no transporte urbano. Contudo, os preços dos combustíveis mostraram um aumento, com o etanol subindo 0,54% e a gasolina 0,14%. A alta foi observada em todas as regiões pesquisadas, sendo Goiânia a que registrou a maior variação (0,79%), impulsionada por aumentos de 11,84% no etanol e 4,11% na gasolina. A menor variação foi em Curitiba, com 0,18%, devido à queda nos preços de passagens aéreas e frutas.
O IPCA-15 é definido utilizando a mesma metodologia do índice oficial IPCA, com um período de coleta distinto, que abrange de 15 de abril a 15 de maio. A pesquisa é realizada com famílias que possuem rendimento de 1 a 40 salários-mínimos em 11 regiões metropolitanas, além de Goiânia e Brasília. A próxima divulgação, referente a junho, ocorrerá em 26 de junho.