Documento incluirá o indiciamento dos executores diretos do crime, além de outros três homens que ainda estão foragidos.
Policiais e peritos forenses atenderam à cena de um tiroteio no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, em 8 de novembro de 2024. O corretor de imóveis brasileiro Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, com ligações ao crime organizado, foi morto a tiros no aeroporto, conforme informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O inquérito que investiga o assassinato de Vinicius Gritzbach, ocorrido em novembro do ano passado, está prestes a ser finalizado. O relatório, que deve ser encaminhado ao Ministério Público e ao Judiciário, deverá ser concluído até o final desta semana. O documento contemplará o indiciamento dos responsáveis diretos pelo crime, além de outros três indivíduos que permanecem foragidos. Dentre esses, um é apontado como o mandante, embora os nomes não tenham sido divulgados. Juntamente com o inquérito atual, será iniciada uma nova investigação para avaliar a possível participação de outras pessoas que tenham auxiliado os criminosos. Gritzbach, que enfrentava acusações de homicídio, estava envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro relacionados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele havia feito uma delação premiada, na qual identificou membros da organização criminosa e denunciou casos de corrupção entre policiais.
Até o presente momento, 26 pessoas foram detidas em decorrência das investigações, sendo 17 delas policiais militares e cinco civis. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) coordenou uma operação para cumprir mandados judiciais contra aqueles envolvidos na morte do delator. A Corregedoria da Polícia Militar também participou das ações, resultando na emissão de 15 mandados de prisão e sete de busca e apreensão. Dentre os detidos, dois policiais militares foram apreendidos; um deles é suspeito de ter sido um dos atiradores no dia do crime, enquanto o outro atuou como motorista. As operações em andamento visam desmantelar a rede de corrupção e violência que cerca o assassinato de Gritzbach, que, mesmo sendo um delator, se encontrava em uma situação vulnerável devido ao seu histórico criminal.
