A defesa de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro, bem como candidato a vice na chapa que perdeu nas eleições de 2022, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação do perfil “@gabrielar702” no Instagram. Este perfil foi utilizado clandestinamente pelo tenente-coronel Mauro Cid, conforme revelou uma reportagem recente.
Braga Netto é um réu acusado de tentativa de golpe e encontra-se preso desde o final de 2024. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, é o delator involuntário do esquema golpista. Evidências coletadas apontam que Cid forneceu informações falsas durante o interrogatório no tribunal sobre as mensagens. A reportagem também indicou que ele discutiu sua delação com uma pessoa próxima ao ex-presidente.
Na mesma data, o ministro Alexandre de Moraes já havia solicitado à plataforma Meta que fornecesse ao STF dados cadastrais, logins relacionados e mensagens enviadas por Cid a partir do perfil. No entanto, a defesa do general requereu a inclusão de um conjunto mais amplo de informações, que engloba:
– Endereço IP, data, hora e geolocalização da criação do perfil;
– Histórico de acessos e dispositivos utilizados;
– Dados de recuperação de conta (e-mail, telefone, autenticação em dois fatores);
– Alterações de nome, foto de perfil e outros dados;
– Conexões com outras contas (Facebook, WhatsApp etc.);
– Conteúdos postados (mensagens, áudios, stories, fotos, arquivos deletados);
– Métodos de pagamento associados e transações;
– Denúncias feitas contra o perfil;
– Relações técnicas com outros perfis (IP, dispositivos compartilhados).
Os advogados ressaltaram na petição que é do interesse da defesa que a situação seja devidamente esclarecida e investigada, pois isso pode corroborar irregularidades já expostas no acordo de colaboração.
