A Polícia Civil de São Paulo iniciou investigações neste sábado (8) sobre a morte de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, cujo corpo foi encontrado em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo. A jovem foi localizada na última quarta-feira (5), apresentando sinais de violência e em estado avançado de decomposição. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que as diligências visam esclarecer as circunstâncias que levaram à morte da jovem, que havia desaparecido no dia 26 de fevereiro e foi encontrada uma semana após seu sumiço.
Além das ações realizadas neste sábado, os laudos periciais realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Criminalística (IC) estão sendo elaborados, e a autoridade policial analisará os resultados assim que forem finalizados. A SSP-SP confirmou que detalhes adicionais sobre a investigação serão mantidos em sigilo para respeitar a autonomia do trabalho policial.
As investigações estão a cargo da Delegacia de Cajamar, onde a polícia busca identificar envolvidos e esclarecer os fatos. Exames foram requisitados aos institutos competentes, e os laudos estão em processo de elaboração. Esclarecimentos sobre as investigações serão limitados para preservar a integridade do andamento das apurações.
No decorrer das investigações, relatos de pessoas próximas à vítima apresentaram inconsistências, levando a polícia a questionar alguns depoimentos. O ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius, forneceu versões contraditórias a respeito do uso de um veículo emprestado. A polícia possui evidências que indicam a presença de Gustavo na proximidade do local do crime, enquanto ele justificou sua ida à delegacia por temer por sua vida.
Informações levantadas pelos investigadores mostram que o crime ocorreu no mesmo dia em que o carro do pai de Vitória quebrou, impedindo-o de buscá-la após o trabalho. Essa coincidência levantou suspeitas sobre possíveis circunstâncias que cercam o caso.
O desaparecimento e morte de Vitória Regina de Sousa gerou grande comoção na comunidade de Cajamar. O incidente teve início no dia 26 de fevereiro, quando a jovem, após sua jornada de trabalho em um shopping, pegou um ônibus de volta para casa. Naquela noite, Vitória enviou mensagens a uma amiga, relatando seu temor de estar sendo seguida por dois homens. Testemunhas afirmaram que viram um veículo com quatro homens acompanhando a jovem após ela descer do ônibus.
Após o desaparecimento, a comunidade se mobilizou em buscas, com a polícia, familiares e diversas equipes utilizando cães farejadores e drones para localizar Vitória. O desfecho trágico ocorreu em 5 de março, quando seu corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, com evidências de violência. Um policial que participou das buscas afirmou que o corpo da jovem havia sido severamente violentado, encontrando-se sem roupas e com a cabeça raspada.
A Delegacia de Cajamar assumiu a responsabilidade pelas investigações, considerando várias possibilidades sobre a motivação do crime. Mais de 11 testemunhas foram interrogadas e dois veículos foram apreendidos para análise. As evidências sugerem que a morte de Vitória pode estar relacionada a um ato de vingança, com Gustavo Vinicius se destacando entre os suspeitos. Ele prestou depoimento na delegacia, mas foi liberado após a justiça recusar a solicitação de prisão temporária pela equipe de investigação, alegando temor por sua segurança diante de outros denunciados.
O sepultamento de Vitória mobilizou parentes, amigos e moradores da cidade, que expressaram sua dor e pedidos de justiça durante a cerimônia.
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