O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deu início a uma investigação civil visando as empresas 99 e Uber, por oferecerem de maneira irregular o serviço de mototáxi na capital paulista. Essa decisão foi tomada após a Prefeitura de São Paulo apontar os perigos à segurança e ao sistema de saúde causados pelo crescimento dos acidentes envolvendo motocicletas. De acordo com a prefeitura, os serviços começaram a ser prestados de forma irregular, levando o Tribunal de Justiça de São Paulo a impedir imediatamente essa atividade na tarde de segunda-feira (27).
A administração municipal argumentou que a autorização para mototáxis não é viável devido aos sérios riscos à segurança, especialmente em uma metrópole tão complexa quanto São Paulo. O pedido do MP para a abertura do inquérito destaca que o número de acidentes envolvendo motos na cidade é alarmante. Em 2024, quase 430 pessoas perderam a vida em acidentes com motocicletas, conforme informações da CET e do SAMU, o que representa um incremento de 22% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, o texto salienta que a cidade investe pelo menos R$ 35 milhões anualmente no tratamento de vítimas de acidentes. A promotora Cíntia Marangoni enfatiza que a atuação das empresas representa um risco à vida dos motoristas e passageiros. O inquérito buscará investigar as possíveis irregularidades e o não cumprimento das normas municipais. As empresas foram notificadas e têm um prazo de 15 dias para apresentar suas defesas. A busca por comentários da 99 e da Uber ainda não obteve resposta, e o espaço permanece aberto para manifestações.
