A primeira investigação sobre o caso do bolo envenenado no Rio Grande do Sul apontou que Deise Moura dos Anjos fez pesquisas sobre venenos extremamente nocivos. A declaração foi feita pelo delegado Marcos Vinícius Muniz Veloso durante uma entrevista com Zeli dos Anjos, sogra da acusada e uma das sobreviventes. Segundo o delegado, diversas declarações indicaram um sentimento de animosidade que a investigada nutria em relação à sua sogra.
O delegado detalhou que a acusada, de maneira espontânea, mencionou que chamava a sogra de “naja”, enquanto ria de forma leve. Zeli, por sua vez, afirmou que Deise era uma pessoa má. Recentemente, Deise foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
Os crimes em questão teriam sido cometidos entre setembro e dezembro de 2024, resultando no envenenamento de Neuza dos Anjos, Maida da Silva e Tatiana Denize, enquanto Zeli e Matheus, uma criança de 10 anos, sobreviveram. O corpo de Paulo Luiz dos Anjos, sogro da investigada, foi exumado em janeiro de 2025. Zeli revelou que relutou em acreditar em conselhos para realizar exames no sogro, considerando a ideia inconcebível, uma vez que ele havia sido declarado morto em setembro de 2024 por possível intoxicação alimentar.
Após a exumação, a polícia detectou arsênio no corpo da vítima, o que levou à abertura de um segundo inquérito. Embora a principal suspeita tenha falecido, as autoridades afirmaram que continuarão investigando para esclarecer todos os aspectos e detalhes relacionados a este caso.