Policiais civis da 21ª Delegacia de Polícia de Bonsucesso realizaram uma perícia na quinta-feira (14) na fábrica de fantasias de carnaval, que foi severamente danificada por um incêndio ocorrido na quarta-feira (12) no bairro de Ramos, na zona norte do Rio de Janeiro. A ação visou investigar possíveis ligações clandestinas de energia elétrica no local, com o auxílio de representantes da concessionária Light. Denúncias de furto de energia elétrica, comumente referidos como “gatos”, motivaram a investigação. A sobrecarga na fiação é uma das possíveis causas do incêndio, sendo uma hipótese considerada a ocorrência de um curto-circuito.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro também iniciou a coleta de depoimentos, ouvindo funcionários da fábrica e testemunhas sobre os eventos que levaram ao incêndio. A empresa Maximus Confecções detinha a licença da prefeitura para operar como confecção, mas não possuía o alvará do Corpo de Bombeiros. O major Fábio Contreiras, porta-voz da corporação, destacou que a ausência desse documento sugere que o local não contava com os equipamentos adequados para combate a incêndios ou rotas de fuga seguras.
O incêndio na fábrica aconteceu durante o horário de expediente, quando diversas pessoas estavam presentes no local. Um total de 21 trabalhadores foi resgatado, com 18 sendo encaminhados ao hospital. De acordo com as secretarias municipal e estadual de Saúde, 13 pessoas ainda estão internadas, das quais nove se encontram em estado grave, apresentando queimaduras nas vias aéreas devido à inalação de fumaça.
A Maximus Confecções era bastante requisitada por escolas de samba das divisões de acesso do carnaval carioca. Entre as agremiações mais impactadas pelo incêndio estão Império Serrano, Unidos de Bangu e Unidos da Ponte, todas as quais não poderão participar do julgamento durante o Carnaval de 2025.