10 fevereiro 2025
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IPCA de Janeiro Revela Aumento dos Preços dos Alimentos na Próxima Terça-feira (11)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que avalia a inflação oficial no Brasil, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima terça-feira, dia 11. A prévia da inflação para janeiro apresentou um aumento de 0,11%, impulsionado principalmente pelos preços dos alimentos. Este indicador é analisado pelo IPCA-15, que mostrou uma variação de 4,5% nos últimos 12 meses.

Em janeiro, o segmento de Alimentação e Bebidas apresentou um crescimento de 1,06%, contribuindo com um impacto de 0,23 ponto percentual no IPCA-15. No mesmo mês, a alimentação dentro de casa teve uma variação de 1,1%, influenciada principalmente pelos aumentos nos preços do tomate, com alta de 17,12%, e do café moído, que subiu 7,07%. Em contrapartida, os preços da alimentação fora do domicílio desaceleraram, caindo de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro. O IPCA-15 do mês de janeiro mostrou uma diminuição em relação a dezembro, quando o índice aumentou 0,34%. Acumulando em 2024, o IPCA-15 já apresenta uma alta de 4,71%.

A inflação nos preços dos alimentos se tornou uma preocupação significativa para o governo federal. Em resposta ao aumento dos preços, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou que os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, explorassem estratégias para controlar a situação. Entre as ações sugeridas estão a redução de alíquotas de importação para produtos cujos preços no mercado internacional sejam inferiores aos do mercado interno e a promoção do aumento da produção para elevar a oferta e, consequentemente, reduzir os preços.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que a desvalorização do dólar e a expectativa de uma safra promissora em 2025 contribuirão para a estabilização dos preços dos alimentos. O Banco Central (BC) indicou que a alta nos preços dos alimentos pode se estender no médio prazo. Na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na terça-feira, a instituição afirmou que o cenário de inflação de curto prazo permanece desfavorável e que há riscos de não se cumprir a meta de inflação em junho. O BC previu que a inflação deve ficar acima da meta de 3% até junho, com uma margem de tolerância de até 4,5%.

Com a implementação de uma nova sistemática para a meta de inflação em 2025, o Banco Central irá perseguir uma meta contínua, considerando a variação do IPCA mês a mês. Essa alteração implica que a meta só será considerada descumprida se o acumulado em 12 meses ficar fora do intervalo estabelecido por seis meses consecutivos.

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