O Irã está atualmente avaliando uma carta enviada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que propõe a possibilidade de um novo acordo nuclear. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, informou que tanto as oportunidades quanto as ameaças apresentadas na correspondência estão sendo analisadas, e uma resposta será divulgada em breve.
Recentemente, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, qualificou a carta de Trump como enganosa, afirmando que as exigências contidas nela intensificariam a pressão sobre o país, reforçando as sanções existentes. Araqchi, no entanto, destacou que Teerã ainda está considerando todos os aspectos da carta e ponderando sobre sua resposta.
Conforme reportado, a carta de Trump estabelece um prazo de dois meses para que o Irã alcance um acordo nuclear, sob a ameaça de sanções mais rigorosas resultantes da estratégia de “pressão máxima” adotada pelo governo dos Estados Unidos. Araqchi também declarou que a resposta do Irã será encaminhada pelos canais apropriados nos próximos dias, ao mesmo tempo em que rejeitou a possibilidade de negociações diretas enquanto as sanções e ameaças persistirem.
Durante seu primeiro mandato, Trump se retirou de um acordo de 2015, que estabelecia limites rigorosos às atividades nucleares do Irã em troca de alívio nas sanções. Após a saída dos Estados Unidos em 2018 e a reimposição de sanções, o Irã começou a ultrapassar os limites estabelecidos, intensificando o desenvolvimento de seu programa nuclear. As potências ocidentais têm acusado o Irã de buscar armas nucleares ao enriquecer urânio com até 60% de pureza, o que, segundo elas, vai além do necessário para fins civis. O Irã, por sua vez, afirma que seu programa nuclear é destinado a objetivos pacíficos e que está em conformidade com a legislação internacional.