O Irã divulgou um aviso nesta segunda-feira alertando os moradores de Tel Aviv a evacuarem a cidade o mais rápido possível, conforme reportado por veículos de comunicação estatais iranianos. A medida ocorre após Israel anunciar que havia obtido “controle total” do espaço aéreo de Teerã e, por consequência, ordenou que os cidadãos da capital iraniana deixassem suas residências.
A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã assegurou que a evacuação de Tel Aviv é essencial para a “segurança” dos israelenses. O comunicado foi emitido após o governo israelense determinar uma retirada do Distrito Três de Teerã.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, indicou que caças da Força Aérea estarão sobrevoando Teerã “em um futuro muito próximo”. Ele enfatizou que as aeronaves teriam como alvo “qualquer local e qualquer alvo do regime dos aiatolás”, após classificar um ataque recente como um “golpe real” contra o programa nuclear iraniano.
Além disso, após uma série de ataques com mísseis balísticos e drones direcionados a Tel Aviv e Haifa, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, alertou que Teerã “vai arder” se houver novas agressões contra Israel. Katz responsabilizou o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, pelo futuro de Teerã, afirmando que os cidadãos iranianos estariam pagando um alto preço devido às ações hostis contra Israel.
O conflito teve início com um ataque surpresa de Israel que, na última sexta-feira, destacou-se por atingir locais associados ao programa nuclear iraniano e eliminar membros da alta cúpula militar do país. O governo iraniano insiste que o enriquecimento de urânio não visa fins militares, enquanto países ocidentais e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertam sobre a possibilidade de utilização para desenvolver armas nucleares.
Desde o começo do conflito, pelo menos 22 israelenses, a maioria civis, perderam a vida em quatro dias de hostilidades. Em contrapartida, Israel teria causado a morte de ao menos 224 iranianos, com cerca de 90% das vítimas sendo civis, conforme informações do Ministério da Saúde do Irã. Além disso, mais de 1.400 pessoas ficaram feridas durante os combates.
