domingo, fevereiro 2, 2025
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Israel autoriza retorno de palestinos ao norte de Gaza

Famílias palestinas deslocadas começaram a voltar para suas residências no norte de Gaza na manhã de segunda-feira (27), utilizando carros, caminhões e riquixás, que estavam carregados com alimentos e tendas, as quais serviram de abrigo por mais de um ano nas partes central e sul do território. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou em uma postagem no X no domingo (26) que os palestinos poderiam retornar às suas casas a partir da manhã de segunda-feira. Essa permissão foi concedida após a divulgação, no mesmo dia, de que um acordo havia sido estabelecido entre o Catar e o grupo militante palestino Hamas, envolvendo a libertação da refém israelense Arbel Yehud e de outros dois reféns antes da próxima sexta-feira (31).

Dezenas de milhares de palestinos aguardaram por dois dias em bloqueios de estradas para retornar ao norte de Gaza, demonstrando descontentamento após as acusações de Israel de que o Hamas havia descumprido um acordo de cessar-fogo e a recusa em abrir os pontos de passagem. No domingo (26), o Exército de Israel emitiu uma declaração, informando aos moradores da Faixa de Gaza que poderiam voltar para o norte do território a pé pela estrada costeira a partir das 02h, e de carro pela estrada oriental de Salahudeen às 04h, ambos em horário de Brasília. Os militares alertaram os civis a não se aproximarem das posições das forças israelenses.

“Qualquer transporte de militantes ou armas por essas rotas para o norte da Faixa de Gaza será considerado uma violação do acordo. Não colaborem com nenhuma entidade terrorista que possa tentar usá-los para transferir armas ou materiais proibidos”, ressaltaram. Essa iniciativa, mediada pelo Catar e pelo Egito, deverá permitir que cerca de 650 mil palestinos deslocados no centro e sul da Faixa de Gaza voltem para suas casas no norte. Inicialmente, Israel havia se comprometido a permitir esse retorno no sábado (25), mas o governo israelense alegou que a não entrega, por parte do Hamas, de uma lista detalhada de reféns que estariam vivos, bem como a falha em libertar Arbel Yehud, constituiu uma violação do acordo.

O Hamas, por sua vez, afirmou ter fornecido aos mediadores as informações necessárias sobre a lista de reféns israelenses que serão libertados durante a primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza. O Catar confirmou que a civis Arbel Yehud, o soldado Agam Berger e outro refém seriam libertados pelo Hamas até a próxima sexta-feira (31).

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