15 abril 2025
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Israel coloca em risco o futuro da população em Gaza, alertam especialistas da ONU

O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou, nesta sexta-feira (11), os efeitos devastadores dos ataques israelenses sobre a população civil da Faixa de Gaza, ressaltando que uma significativa proporção das vítimas é composta por crianças e mulheres.

Durante um comunicado, uma porta-voz do Alto Comissariado enfatizou que as ações militares de Israel ameaçam “a capacidade futura” dos palestinos de habitar a região. A porta-voz, Ravina Shamdasani, expressou que a morte, a destruição e os deslocamentos forçados, além da privação de acesso às necessidades básicas, levantam sérias preocupações sobre a viabilidade da vida palestina na Gaza. Ela também destacou a ideia persistente de que a população deve abandonar o território.

Shamdasani afirmou que a preocupação sobre a situação em Gaza foi elevada a um novo patamar, devido ao efeito acumulado dos eventos recentes. O Alto Comissariado reiterou que os ataques israelenses nas últimas semanas têm causado um impacto significativo sobre a população civil, com uma grande porcentagem das vítimas sendo crianças e mulheres.

Entre os dias 18 de março e 9 de abril de 2025, foram registrados cerca de 224 bombardeios israelenses que atingiram prédios residenciais e abrigos para deslocados. O comunicado do Alto Comissariado revela que, em 36 ataques confirmados, as vítimas identificadas até o momento foram exclusivamente mulheres e crianças. Além disso, houve ataques direcionados a jornalistas palestinos, e foi lembrado que atacar deliberadamente civis não envolvidos nas hostilidades é considerado um crime de guerra sob o direito internacional.

A imposição de um bloqueio à Faixa de Gaza durante um período de seis semanas, assim como as declarações de autoridades israelenses condicionando a entrada de ajuda humanitária à libertação de reféns do Hamas, são descritas como uma forma de punição coletiva. Essa situação é analisada como uma prática que pode ser vista tanto como comprometendo a subsistência da população quanto representando uma violação do direito internacional.

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