10 fevereiro 2025
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Israel intensifica ações na Cisjordânia: duas mulheres perdem a vida, informa ministério

O Ministério da Saúde palestino comunicou que duas mulheres foram mortas pelas Forças de Israel na Cisjordânia ocupada neste domingo (9). Uma das vítimas, identificada como Sundos Jamal Mohammed Shalabi, de 23 anos e grávida de oito meses, foi alvejada em Nur Shams, no norte da Cisjordânia. O recém-nascido não sobreviveu e o esposo de Shalabi também ficou ferido. Testemunhas relataram que o casal foi atingido por disparos ao tentar deixar sua residência, embora não haja informações adicionais sobre o incidente. As autoridades israelenses informaram que estão investigando o evento.

Adicionalmente, outra mulher, de 21 anos, foi baleada em circunstâncias diferentes, conforme relatado pelo Ministério da Saúde palestino. De acordo com o Exército israelense, a operação ocorreu em uma casa à procura de um “militante” e, ao solicitar que os moradores deixassem o edifício, a mulher em questão permaneceu dentro. As forças armadas de Israel expressaram pesar pelos danos causados a civis, afirmando que esforços são feitos para evitar tais incidentes.

A operação militar de Israel na Cisjordânia foi ampliada nos últimos dias. Um porta-voz militar declarou que as forças de segurança do país eliminaram diversos “militantes” e efetuaram várias prisões em Nur Shams. Mais cedo neste domingo (9), foi anunciado que as operações antiterroristas estão se expandindo, especialmente em regiões como Nur Shams, próximo à cidade palestina de Tulkarm. As operações começaram inicialmente em Jenin em 21 de janeiro e foram descritas por autoridades como uma “operação militar significativa e em grande escala”, atingindo também áreas como Tulkarm, Al Faraa e Tamun, onde os alvos são supostos militantes.

A atual campanha militar de Israel foi iniciada após um cessar-fogo acordado com o grupo Hamas em Gaza. Atualmente, milhares de palestinos estão deixando a Cisjordânia em razão da intensidade das operações militares israelenses, que têm causado considerável destruição. De acordo com o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina, essa campanha é considerada uma das mais devastadoras enfrentadas pelos palestinos, resultando na morte de dezenas de pessoas.

O governo de Israel e o Hamas firmaram um acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza, que inclui a liberação gradual de prisioneiros. Desde 2023, Israel tem realizado intensos bombardeios na Faixa de Gaza depois que o Hamas invadiu o país, resultando na morte de cerca de 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses, enquanto o grupo ainda mantém um número considerável de reféns. O Hamas não reconhece Israel como Estado e reivindica o território israelense para a Palestina. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou repetidamente seu compromisso em eliminar a capacidade militar do Hamas e recuperar os reféns.

Além da ofensiva aérea, incursões terrestres do Exército de Israel no território palestino têm levado ao deslocamento de grande parte da população de Gaza. A Organização das Nações Unidas e várias agências humanitárias têm alertado sobre a grave situação humanitária em Gaza, que se caracteriza pela escassez de alimentos, medicamentos e pela propagação de doenças.

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