Pelo menos cinco indivíduos perderam a vida devido a bombardeios realizados por Israel na província de Daraa, no sul da Síria, conforme informado por autoridades locais no dia 25 de outubro. As Forças de Defesa de Israel (IDF) relataram que atingiram duas bases militares localizadas no centro da Síria e que seus soldados entraram em confronto com militantes no sul do país. Esses acontecimentos sucedem uma intensificação dos ataques israelenses contra o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano, desconsiderando os acordos de cessar-fogo estabelecidos com ambos os grupos.
De acordo com uma declaração militar israelense, as IDF focaram em capacidades militares localizadas nas bases de Tadmur e T4, ambas na província de Homs, comumente alvos de ataques israelenses nos últimos meses, devido à sua importância nas rotas de transporte de armamento.
Em comunicado divulgado através do Telegram, autoridades sírias confirmaram que cinco pessoas foram mortas em bombardeios israelenses na cidade de Kuwayya, situada a oeste de Daraa. Kaja Kallas, responsável pela política externa da União Europeia, expressou, em uma visita a Jerusalém, preocupações sobre a possibilidade de uma “escalada maior” nas hostilidades na região devido aos ataques aéreos israelenses na Síria e no Líbano.
Kallas enfatizou que as operações militares devem ser proporcionais e ressaltou que os ataques realizados por Israel não são necessários, uma vez que a Síria não está atualmente atacando Israel, e tal situação pode provocar mais radicalização, prejudicial para ambos os lados.
O exército israelense também emitiu novas ordens para que os moradores do norte da faixa de Gaza deixem suas residências, solicitando que se dirijam a “abrigos conhecidos”, embora sem garantir segurança em nenhum local do enclave. O porta-voz militar de Israel indicou que “organizações terroristas estão disparando foguetes de áreas habitadas” e recomendou o deslocamento imediato em direção ao sul.
Adicionalmente, o Ministério da Defesa de Israel anunciou a criação de uma nova administração voltada para a “partida voluntária de moradores de Gaza para um terceiro país”, medida que gerou forte condenação do Egito, país vizinho a Gaza e Israel.
O Ministério da Saúde de Gaza, sob administração do Hamas, reportou na segunda-feira que 730 palestinos foram mortos desde o início dos bombardeios israelenses na faixa, com cerca de 60 fatalidades registradas nas últimas 24 horas. Novos ataques aéreos em Gaza resultaram na morte de pelo menos 23 palestinos, incluindo sete crianças, conforme relataram veículos de comunicação árabes e agências de notícias.
As vítimas dos recentes bombardeios incluem uma família composta por três crianças e seus pais, que foram mortos em um ataque enquanto estavam em sua tenda na proximidade de Khan Younis, segundo informações do hospital Nasser. Além disso, três pessoas faleceram em um ataque a uma casa no campo de refugiados de Nuseirat e, em outro incidente, um bombardeio em um edifício residencial na Cidade de Gaza causou a morte de cinco pessoas, conforme relatado por autoridades locais.
