O exército de Israel anunciou que interceptou um míssil lançado do Iémen na manhã desta quinta-feira, no horário local. O incidente ocorreu em meio ao crescente conflito entre as forças houthis e o governo israelense, enquanto a administração dos Estados Unidos, liderada por Donald Trump, ameaça impor sanções ao Irã devido ao seu suporte aos houthis. Sirenes foram ativas em Tel Aviv e Jerusalém após o disparo do projétil, segundo informações divulgadas pela polícia israelense.
De acordo com um comunicado militar, um míssil vindo do Iémen foi neutralizado pela Força Aérea de Israel (IAF) antes de adentrar o espaço aéreo israelense. As sirenes foram acionadas conforme os protocolos de segurança adotados. O serviço de ambulância informou que não houve registro de ferimentos graves relacionados ao incidente. Os houthis, por meio de um porta-voz em um pronunciamento televisionado, confirmaram que o míssil balístico foi direcionado ao Aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv. O grupo havia anunciado anteriormente a intensificação de seus ataques, incluindo aqueles contra Israel, em retaliação à atuação militar dos Estados Unidos.
Os ataques norte-americanos, que começaram no dia 15 de outubro como resposta às agressões dos houthis ao transporte marítimo no Mar Vermelho, representam uma das maiores operações militares dos EUA na região desde o início do governo Trump. O presidente americano também declarou que responsabilizaria o Irã por qualquer ataque futuro realizado pelos houthis, mencionando possíveis consequências severas. A Guarda Revolucionária do Irã, por sua vez, afirmou que os houthis atuam de forma independente e fazem suas próprias escolhas estratégicas.
Na terça-feira (18), os houthis alegaram ter lançado um míssil balístico contra Israel, anunciando uma ampliação do alcance de seus alvos no país em resposta aos ataques aéreos israelenses em Gaza. Desde o início do conflito entre Israel e Hamas no final de 2023, os houthis realizaram mais de 100 ataques a navios no Mar Vermelho, afirmando que suas ações estão em solidariedade com os palestinos. Esses ataques impactaram o comércio global e levaram os Estados Unidos a iniciar uma campanha dispendiosa visando à interceptação de mísseis.