23 fevereiro 2025
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Israel lança ofensiva terrestre na Cisjordânia com blindados à frente.

O exército de Israel intensificou sua operação na Cisjordânia ocupada, enviando tanques de guerra para a região de Jenin pela primeira vez em 20 anos. A informação foi divulgada por uma fonte de notícias local. A ofensiva ocorre logo após o deslocamento de cerca de 40.000 palestinos que residiam em campos de refugiados, com as autoridades israelenses afirmando que eles não teriam permissão para retornar.

Os campos de refugiados são habitados por descendentes de palestinos que fugiram durante diversos conflitos ao longo das décadas. A última vez que Israel utilizou tanques na área foi em 2002. Em Qabatiya, localizada ao sul de Jenin, um toque de recolher de 48 horas foi estabelecido, coincidindo com a chegada das forças militares. Reportagens indicam que os soldados israelenses têm utilizado escavadeiras para destruir a infraestrutura local e danificar negócios e veículos palestinos nas cidades ao redor de Jenin, incluindo Silat al-Harithiya.

A operação na Cisjordânia teve início em 21 de janeiro, dois dias após uma trégua que interrompeu temporariamente o conflito em Gaza. Desde então, as atividades militares têm se intensificado, com o exército israelense alegando que o objetivo é eliminar o que denomina de “extremismo palestino”. Em uma declaração recente, o ministro da Defesa de Israel afirmou que as tropas permanecerão na região por um período estimado de um ano, com instruções para impedir o retorno dos moradores e o ressurgimento de atividades consideradas terroristas.

A situação tende a exacerbar ainda mais os conflitos na área, pois a trégua entre Israel e Hamas, embora ainda em vigor, revela-se cada vez mais instável. Recentemente, o Hamas entregou os últimos seis reféns israelenses vivos que faziam parte da primeira fase do acordo de troca. Em contrapartida, Israel deveria libertar cerca de 600 prisioneiros palestinos, mas o governo adiou esse processo.

As autoridades israelense acusam o Hamas de violar os termos do acordo, mencionando “cerimônias inaceitáveis que desonram os reféns”, e decidiram suspender a libertação dos palestinos até que a segurança de futuros reféns seja garantida, sem humilhações. Por seu lado, o Hamas contesta essa suspensão, afirmando que o atraso de Israel na libertação de um grupo adicional de prisioneiros representa uma violação do pacto de cessar-fogo.

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