O exército de Israel informou que conseguiu interceptar um míssil lançado do Iêmen na sexta-feira, dia 21, um dia após neutralizar dois projéteis disparados por combatentes do grupo Houthi. Os Houthis, aliados do Irã, afirmaram responsabilidade pelo ataque. O porta-voz militar do grupo, Yahya Saree, declarou que um míssil balístico foi direcionado ao Aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, em uma comunicação transmitida na madrugada de sábado, 22, pelo horário local. Saree indicou que este ataque a Israel foi o terceiro realizado pelo grupo em um período de 48 horas. Ele também alertou as companhias aéreas de que o aeroporto israelense “não era mais seguro para viagens aéreas e continuaria assim até que a agressão israelense contra Gaza cessasse e o bloqueio fosse levantado”.
Apesar das ameaças, o funcionamento do aeroporto foi relatado como normal, com uma lista de voos programados visível em seu site. Além disso, o porta-voz dos Houthis afirmou, sem apresentar provas, que o grupo também teria realizado ataques contra o porta-aviões USS Harry S. Truman no Mar Vermelho. Os Houthis prometeram aumentar os ataques, especialmente direcionados a Israel, em resposta a ações militares dos EUA no início do mês, que foram descritas como a maior operação militar americana na região desde a posse de Donald Trump em janeiro. Esses ataques levaram à morte de pelo menos 50 pessoas.
Os novos ataques lançados pelos Houthis surgem em meio a uma promessa de ampliar o alcance de seus alvos em Israel, como retaliação ao aumento das incursões militares israelenses em Gaza, que resultaram em centenas de mortes após um período de relativa tranquilidade. Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, no final de 2023, os Houthis executaram mais de 100 ataques a navios, alegando agir em solidariedade aos palestinos de Gaza. Esses ataques têm impactado o comércio global e forçado as forças armadas dos EUA a implementar uma campanha para interceptar mísseis.
Os Houthis estão inseridos em uma aliança conhecida como “Eixo da Resistência”, que se opõe a Israel e aos interesses ocidentais na região. Essa coalizão inclui milícias como o Hamas, o Hezbollah do Líbano e grupos armados no Iraque, todos com apoio do Irã.
