Israel anunciou que está adiando a liberação de mais de 100 prisioneiros palestinos, em resposta ao que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu denominou de “cenas horríveis” durante uma das entregas de reféns em Gaza. A expectativa era de que Israel libertasse 110 prisioneiros palestinos nesta quinta-feira (30) como parte de um acordo de cessar-fogo e retorno de reféns que está em andamento.
Em um comunicado, o porta-voz do primeiro-ministro, Omer Dostri, informou que Netanyahu e o ministro da Defesa, Yisrael Katz, decidiram atrasar a soltura dos prisioneiros que estavam programados para hoje, até que a segurança dos reféns possa ser assegurada nos próximos dias. Dostri ressaltou que Israel está exigindo que os mediadores do cessar-fogo garantam essa providência.
Sete dos oito reféns foram liberados em Khan Younis, no sul de Gaza, onde um vídeo mostrou os reféns sendo arrastados por uma multidão imensa, acompanhados por militantes armados do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina. Netanyahu descreveu essas cenas como “chocantes” e afirmou que representam uma demonstração da brutalidade inaceitável do Hamas. Ele fez um apelo aos mediadores para que tomem medidas para evitar que situações tão terríveis se repitam, a fim de garantir a segurança dos reféns.
A soldado israelense Agam Berger foi liberada na manhã desta quinta-feira (30) em uma situação bastante mais silenciosa no norte de Gaza. O Escritório de Mídia de Prisioneiros do Hamas comunicou que esperava que os 110 libertados hoje incluíssem 30 crianças, 32 prisioneiros condenados à prisão perpétua e 48 prisioneiros com sentenças elevadas.