O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota à imprensa nesta segunda-feira, dia 10, manifestando “forte preocupação” com o aumento da violência na Síria. Até o momento, não há registros de vítimas brasileiras entre os incidentes relatados. O Itamaraty, através do portal consular, reforçou a recomendação para que os cidadãos não viagem à Síria e, para aqueles que já se encontram no país, orientou que sigam as orientações de segurança das autoridades locais.
Além disso, o Itamaraty expressou “repúdio ao uso da violência, especialmente contra civis”, e ofereceu condolências às famílias de mais de 1.000 pessoas, principalmente civis, que perderam a vida nas províncias de Lataquia e Tartus entre os dias 6 e 9 de março. A nota reiterou a posição em favor de uma transição política pacífica e inclusiva, com pleno respeito à independência, unidade, soberania e integridade territorial da Síria.
Conforme informado pelo Ministério, a embaixada do Brasil em Damasco mantém contato com “representantes da comunidade brasileira no país” e deve ser acionada em caso de emergência. Para isso, disponibilizou o telefone de plantão consular + 963 933 21 34 38 e o endereço eletrônico consular.damasco@itamaraty.gov.br. Além disso, o plantão consular do Itamaraty, que opera 24 horas, pode ser contatado pelo número de WhatsApp +55 61 98260-0610 em situações de emergência.
A situação na Síria é marcada por conflitos entre grupos armados que apoiam o ex-presidente e forças leais ao novo regime, resultando em mais de mil mortes entre os dias 6 e 9 de março. Desde a última quinta-feira, os confrontos e a repressão causada pelas forças de segurança em resposta aos apoiadores do ex-presidente Bashar al-Assad resultaram em várias fatalidades. Testemunhas e vídeos corroborados por fontes confiáveis mostraram apoiadores do governo realizando execuções em campo, com relatos de uma intenção de “purificar” o país.
O governo interino da Síria anunciou a formação de um comitê independente para investigar as circunstâncias envolvendo tais eventos e produzir um relatório a ser apresentado à presidência em um prazo de 30 dias. Este comitê se propõe a identificar as razões, circunstâncias e condições que levaram a esses acontecimentos, além de investigar as violações cometidas contra civis e apontar os responsáveis.
