A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, manifestou sua tristeza ao recordar a correspondência trocada entre o papa Francisco e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o período em que ele esteve encarcerado em Curitiba. Janja destacou que Lula estava pensativo após a morte do pontífice, sentindo a falta de um amigo próximo. Durante uma entrevista, ela comentou que “o papa falava bastante sobre a prisão política (de Lula). Não por acaso, a primeira viagem que meu marido fez ao sair da prisão foi para ir ao encontro do papa.”
Janja mencionou que o tempo em que Lula esteve preso foi particularmente difícil para ele, intensificado pela perda do neto, Arthur Araújo Lula da Silva, que faleceu em 2019, aos sete anos. “Ele (Lula) decidiu escrever ao líder espiritual”, contou. De acordo com Janja, a resposta de Francisco teve um efeito profundo sobre Lula. “A mensagem do papa Francisco naquela circunstância foi fundamental para ele saber que estava no caminho certo, da busca (pelo reconhecimento) da inocência”, afirmou.
A primeira-dama também recordou um encontro que teve com o papa em 12 de fevereiro deste ano, no Vaticano, descreverndo-o como bastante emocionante. Ela relatou que aproveitou a ocasião para agradecer ao pontífice pelas orações pela saúde de Lula e dialogar sobre a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, que foi lançada durante a Cúpula de Líderes do G-20, em 2024, no Rio de Janeiro.
Janja ressaltou que o mundo perdeu “um líder importante, não apenas espiritual, mas político, de ação voltada para o bem de todos.” O papa Francisco faleceu aos 88 anos em sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano, às 7h35 (horário local). Sua última aparição pública ocorreu na sacada da Basílica de São Pedro, durante o domingo de Páscoa, onde abençoou os milhares de fiéis presentes.
